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Pousa a tua cabeça dolorida
Tão cheia de quimeras, de ideal,
Sobre o regaço brando e maternal
Da tua doce Irmã compadecida.
Hás-de contar-me nessa voz tão querida
A tua dor que julgas sem igual,
E eu, pra te consolar, direi o mal
Que à minha alma profunda fez a Vida.
E hás-de adormecer nos meus joelhos...
E os meus dedos enrugados, velhos,
Hão-de fazer-se leves e suaves...
Hão-de pousar-se num fervor de crente,
Rosas brancas tombando docemente,
Sobre o teu rosto, como penas de aves...
Florbela Espanca
2 comentários:
Sonia,
Querida amiga, coloquei um poema seu lá no compartilhando as Letras. Gosto muito das coisas que vc escreve.VC escreve com a alma!!!!PARABÉNS!!!!!
Sonia,
Têm um selinho de presente para vc lá no meu Blog.
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