Responder a perguntas não respondo.
Perguntas impossíveis não pergunto.
Só do que sei de mim aos outros conto:
de mim, atravessada pelo mundo.
Toda a minha experiência, o meu estudo,
sou eu mesma que, em solidão paciente,
recolho do que em mim observo e escuto
muda lição, que ninguém mais entende.
O que sou vale mais do que o meu canto.
Apenas em linguagem vou dizendo
caminhos invisíveis por onde ando.
Tudo é secreto e de remoto exemplo.
Todos ouvimos, longe, o apelo do Anjo.
E todos somos pura flor de vento.
Cecília Meireles
11 comentários:
Muito boa escolha como sempre faz e aqui neste soneto perfeito de Cecília Meireles,todos nós nos sentimos enquadrados.
Desejo-lhe tudo de bom.
Muita saúde, paz e bem
Querida Sônia gostei muito do poema da poetisa maior, mas as tuas fotos me encantam. Beijuss
Las fotos son imágenes del otoño. Y el soneto -una de las estrofas más difíciles de hacer- es un auténtica maravilla.
Acertado poema para melancólicas imágenes.
Un abrazo y buen fin de semana.
Minha querida
Um belo poema ,adorei.
Beijinhos
Sonhadra
Lindo soneto da Cecília, e belíssimas fotos. Tuas imagens estão cada vez mais bonitas, Sonia.
Grande abraço, minha amiga.
Te desejo um Feliz Sábado!
Um beijo carinhoso prá ti...M@ria
Excelentes fotografias, lindissimo poema,adorei!
É sempre um prazer enorme vir visitar o seu cantinho, é um local muito especial, onde o bom gosto e a qualidade estão sempre presentes, iluminando a alma de quem o visita.
“Não devemos permitir que alguém saia da nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz.”(Madre Teresa de Calcutá)
Bjs do tamanho do infinito
Maria
Olá Sonia!
Sentirmo-nos incompreendidos é sentimento pesado, que todos decerto já experimentámos;o mundo parece injusto, e nós sentimo-nos isolados - e isso está aqui muto bem expresso por letra de quem sabe do que fala.
Um abraço.
Vitor
Cecília Meireles, poeta do olhar distante, casa-se muitíssimo bem com as imagens.
Abraços,
Cecília Meireles! Simples e real!
Ah! Eu mesmo sei de mim; ou não sei nada de mim e muito menos dos outros; Sera que sou só, dentro do meu eu, como estivesse sempre sentada as margens de um rio ...
Olá! Sônia! São sempre bem encaixadas suas imagens ao poema*
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