Calmo, na paz que difunde
a sombra dos altos ramos,
que o nosso amor se aprofunde
neste silêncio em que estamos.
Coração, alma e sentidos
se confundam com estes ais
que exalam, enlanguescidos,
medronheiros pinhais.
Fecha os olhos mansamente
e cruza as mãos sobre o seio.
Do teu coração dolente
afasta qualquer anseio.
Deixemo-nos enlevar
ao embalo desta brisa
que a teus pés, doce, a arrulhar,
a relva crestada frisa.
E quando a noite sombria
dos carvalhos for baixando,
o rouxinol a agonia
da nossa alma irá cantando.
Paul Verlaine
Lagoa do Peri, nesta terça, dia 07/02/2011
9 comentários:
Quando te falo e sei que me ouves
sinto como se minha voz voltasse
como um eco através dos horizontes
e apenas por isso
já sou feliz.
Lou Witt
Beijos e carinhos meus......M@ria
" O rouxinol a agonia/ da nossa alma irá cantando"
Um poema belissimo, com alguma angústia e dor, tendo como fundo esta música extraordinária que o torna ainda mais pleno.
Beijo amigo
Graça
" O rouxinol a agonia/ da nossa alma irá cantando"
Um poema belissimo, com alguma angústia e dor, tendo como fundo esta música extraordinária que o torna ainda mais pleno.
Beijo amigo
Graça
Muy bello como siempre amiga..
Después de tanto tiempo, espero poder ponerme al día con todos y todas..
Recomenzar el año con la vida en brazos es lo mas bello del amor..
Un abrazo
Con mis
Saludos fraternos de siempre..
Sonia, sempre que venho aqui, fico encantada com a beleza das fotos, dos textos. Seu cantinho é muito especial.
Beijos
Ative-me na mesma afirmação da Graça.
Passei e deixo-te um grande abraço, Sônia, e obrigada por partilhar Verlaine e um de seus belos poemas.
Olá Sónia, lindas fotos lindo poema, por aqui tudo é verdejante. Beijos com carinho
Lindo!Adorei!
Belo texto
belas imagens
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