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08 fevereiro 2011

Em surdina


Calmo, na paz que difunde
a sombra dos altos ramos,
que o nosso amor se aprofunde
neste silêncio em que estamos.

Coração, alma e sentidos
se confundam com estes ais
que exalam, enlanguescidos,
medronheiros pinhais.

Fecha os olhos mansamente
e cruza as mãos sobre o seio.
Do teu coração dolente
afasta qualquer anseio.

Deixemo-nos enlevar
ao embalo desta brisa
que a teus pés, doce, a arrulhar,
a relva crestada frisa.

E quando a noite sombria
dos carvalhos for baixando,
o rouxinol a agonia
da nossa alma irá cantando.


Paul Verlaine


Lagoa do Peri, nesta terça, dia 07/02/2011

9 comentários:

Unknown disse...

Quando te falo e sei que me ouves
sinto como se minha voz voltasse
como um eco através dos horizontes
e apenas por isso
já sou feliz.

Lou Witt

Beijos e carinhos meus......M@ria

Graça Pereira disse...

" O rouxinol a agonia/ da nossa alma irá cantando"
Um poema belissimo, com alguma angústia e dor, tendo como fundo esta música extraordinária que o torna ainda mais pleno.
Beijo amigo
Graça

Graça Pereira disse...

" O rouxinol a agonia/ da nossa alma irá cantando"
Um poema belissimo, com alguma angústia e dor, tendo como fundo esta música extraordinária que o torna ainda mais pleno.
Beijo amigo
Graça

aapayés disse...

Muy bello como siempre amiga..

Después de tanto tiempo, espero poder ponerme al día con todos y todas..
Recomenzar el año con la vida en brazos es lo mas bello del amor..

Un abrazo
Con mis
Saludos fraternos de siempre..

Cris Tarcia disse...

Sonia, sempre que venho aqui, fico encantada com a beleza das fotos, dos textos. Seu cantinho é muito especial.

Beijos

Penélope disse...

Ative-me na mesma afirmação da Graça.
Passei e deixo-te um grande abraço, Sônia, e obrigada por partilhar Verlaine e um de seus belos poemas.

rosa-branca disse...

Olá Sónia, lindas fotos lindo poema, por aqui tudo é verdejante. Beijos com carinho

Maria disse...

Lindo!Adorei!

Mar Arável disse...

Belo texto

belas imagens

Quem sou eu

Minha foto
Gaúcha, nos pampas nascida Um grande sonho acalentei Morar numa ilha encantada Cheia de bruxas e fadas. Nessa terra cheia de graça Onde se juntam todas as raças, Minha ilha lança ao poente O azul espelhado da lagoa, O verde silêncio das montanhas, O rumorejar de um mar azul Que beija apaixonado a areia da Minha ilha de renda poética. Não importa se há sol ou chuva, A mágica ilha é sempre azul, Fica gravada na alma e Quem aqui vem sempre vai voltar, Para descobrir novos caminhos, Novos destinos, pois Esta magia nunca irá acabar.
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