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07 abril 2011

Remanso


Tarde triste e silenciosa
de vila de beira mar:
uma tarde cor-de-rosa
que vai morrendo em luar...

Ao longe, a várzea cintila
de uns restos de sol poente;
mas, por sobre toda a vila
-- do morro a que fica rente --
desce uma sombra tranqüila
e anoitece lentamente.

Nem rumor da natureza,
nem eco de voz humana
perturba a infinita calma,
a solitária vila praiana.

Nem se ouve o mar, longe, e manso!

A tudo, em redor, invade
um ar de mole descanso...
Silêncio... Imobilidade...
Como que interrompida
a correnteza da vida
fez neste ponto um remanso.

Vicente de Carvalho

Praia da Armação
Ingleses
Imagem 1: Praia da Joaquina

Um comentário:

Cris Tarcia disse...

Sonia, maravilhoso poema, e as fotos nossa!!!

Beijos

Quem sou eu

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Gaúcha, nos pampas nascida Um grande sonho acalentei Morar numa ilha encantada Cheia de bruxas e fadas. Nessa terra cheia de graça Onde se juntam todas as raças, Minha ilha lança ao poente O azul espelhado da lagoa, O verde silêncio das montanhas, O rumorejar de um mar azul Que beija apaixonado a areia da Minha ilha de renda poética. Não importa se há sol ou chuva, A mágica ilha é sempre azul, Fica gravada na alma e Quem aqui vem sempre vai voltar, Para descobrir novos caminhos, Novos destinos, pois Esta magia nunca irá acabar.
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