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17 julho 2011

Assassinato de um Poema


Um poema foi encontrado
morto
jogado numa poça de fonemas,
ratos roíam as vogais.
Não havia identificação,
não havia título,
ninguém sabe o autor.
Suspeita-se que não fora
acidental
mas que cada ferimento
tenha sido provocado
pelas mãos 
do frio, 
do mortal... 
Esquecimento.

Jorge Henrique da Silva Romero


Imagens feitas na Lagoinha Norte

3 comentários:

Moisés Augusto Gonçalves disse...

Forte, tocante, lindo!

Graça Pereira disse...

Quantos poemas não existem por aí esquecidos, perdidos e poídos pelo tempo?? São pedaços de vida que ninguem leu...
Bjs e boa semana.
Graça

Carlos Leite disse...

Que belo poema!!!
Dos mais belos que li ultimamente.
O seu blog é um tesouro da literatura!
Já o estou a seguir.
Obrigado.


Atenciosamente,
Carlos Leite, http://opintordesonhos.blogspot.com

Quem sou eu

Minha foto
Gaúcha, nos pampas nascida Um grande sonho acalentei Morar numa ilha encantada Cheia de bruxas e fadas. Nessa terra cheia de graça Onde se juntam todas as raças, Minha ilha lança ao poente O azul espelhado da lagoa, O verde silêncio das montanhas, O rumorejar de um mar azul Que beija apaixonado a areia da Minha ilha de renda poética. Não importa se há sol ou chuva, A mágica ilha é sempre azul, Fica gravada na alma e Quem aqui vem sempre vai voltar, Para descobrir novos caminhos, Novos destinos, pois Esta magia nunca irá acabar.
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