Um poema foi encontrado
morto
jogado numa poça de fonemas,
ratos roíam as vogais.
Não havia identificação,
não havia título,
ninguém sabe o autor.
Suspeita-se que não fora
acidental
mas que cada ferimento
tenha sido provocado
pelas mãos
do frio,
do mortal...
Esquecimento.
Jorge Henrique da Silva Romero
Imagens feitas na Lagoinha Norte
3 comentários:
Forte, tocante, lindo!
Quantos poemas não existem por aí esquecidos, perdidos e poídos pelo tempo?? São pedaços de vida que ninguem leu...
Bjs e boa semana.
Graça
Que belo poema!!!
Dos mais belos que li ultimamente.
O seu blog é um tesouro da literatura!
Já o estou a seguir.
Obrigado.
Atenciosamente,
Carlos Leite, http://opintordesonhos.blogspot.com
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