É claro que estou exposto
eu como todos outros
animais às intempéries
que cedo ou tarde nos ferem;
mas aqui a noite, seda,
suavemente me enleia:
espelhos olhares vinhos
uvas cachos rosas risos
e ali, do lado de lá
das lâminas de cristal
tão tranquila e cintilante
quanto o céu, sonha a cidade.
Desperta-me um celular:
a morte também tem arte.
Antônio Cícero
Lagoa da Conceição
2 comentários:
Não sei se a morte tem arte, mas gosto deste contraste da noite onde os sonhos se refletem.
Ah...Nós estivemos aí! Linda foto da cortina...Lindíssima a poesia! Beijus de saudade
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