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15 novembro 2012

Se eu fosse um padre



Se eu fosse um padre, eu, nos meus sermões,
não falaria em Deus nem no Pecado
— muito menos no Anjo Rebelado
e os encantos das suas seduções,

não citaria santos e profetas:
nada das suas celestiais promessas
ou das suas terríveis maldições...
Se eu fosse um padre eu citaria os poetas,

Rezaria seus versos, os mais belos,
desses que desde a infância me embalaram
e quem me dera que alguns fossem meus!

Porque a poesia purifica a alma
...e um belo poema — ainda que de Deus se aparte —
um belo poema sempre leva a Deus!



(Mario Quintana)
Texto extraído do livro "Nova Antologia Poética", Editora Globo - São Paulo, 1998, pág. 105.

 

 

4 comentários:

rosa-branca disse...

Olá Sónia, maravilhoso soneto desse grande poeta que é Mário Quintana. Adorei. Suas imagens também são maravilhosas. Beijos com carinho

Severa Cabral(escritora) disse...

Aqui sempre nos mostra imagens lindas ...
bjsssssssssss

Daniel Costa disse...

Sonia

Há bastante tempo, não tinha o prazer de passar pela ilha e de fazer a leitura de poemas como espe de Mário Quintana, na verdade um monumento de louvor poético aos deuses.
Abraços

Rose Sousa disse...

Um poema e tanto! A oração dos poetas, eu diria. Tenha um final de semana repleto de paz. Saudações do "Coração de Fera".

Quem sou eu

Minha foto
Gaúcha, nos pampas nascida Um grande sonho acalentei Morar numa ilha encantada Cheia de bruxas e fadas. Nessa terra cheia de graça Onde se juntam todas as raças, Minha ilha lança ao poente O azul espelhado da lagoa, O verde silêncio das montanhas, O rumorejar de um mar azul Que beija apaixonado a areia da Minha ilha de renda poética. Não importa se há sol ou chuva, A mágica ilha é sempre azul, Fica gravada na alma e Quem aqui vem sempre vai voltar, Para descobrir novos caminhos, Novos destinos, pois Esta magia nunca irá acabar.
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