Não,
Não poderia deixar de escrever o Natal
Só porque os ventos sopram dissabores
E o céu assiste a tanta miséria...
Não poderia deixar de escrever o Natal
Até porque vivem em mim, memórias por desvendar
E saudades arrecadadas...
Hoje,
O céu acordou uma vez mais cinzento de sonhos
E sem a esperança que faz jus até aos incrédulos.
E eu, numa atitude de teimosia cultivada,
Insisto em escrever o Natal,
Mesmo sabendo que para muitas crianças
Ele não tem a beleza dos meus natais de infância...
E sei-me a vivê-lo de sorriso forçado,
Tangente a tudo aquilo em que ainda acredito
Mas,
Ao que desacredito também.
Pobre de mim,
Comum mortal a enfatizar uma quadra
Que na sua essência já não existe!
19/12/2012
Ana Martins
* Reservados todos os direitos de autor ®
2 comentários:
Parabéns pelo seu belo espaço, gostei do seu Blog e seus escritos, te convido a me visitar...Feliz Natal pra você também e um próspero Ano novo a ti e toda sua família...
Grata por partilhar o meu poema, Sónia!
Beijinho,
Ana Martins
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