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21 setembro 2011

O Chão da Paineira


Eu fiquei olhando a dança das flores
Ao se despencarem de uma paineira.
O vento soprando o bailado das cores,
O chão perfumado de flores inteiras.
E o povo pisando, sem nem perceber,
O tapete lilás de flores caídas.
Só eu escutava o triste gemer
Das flores, o lamento num resto de vida.
E, quase chorando em rimas singelas,
Então comparei a morte das flores,
Ao se soltarem na queda certeira
De um galho tão alto, tão ricas, tão belas,
Com o tempo que passa matando os amores
E a alma pisada é o chão da paineira.

José Gilberto Gaspar
Do livro Nos Braços do Sol, São Paulo, Edix, 1997.



5 comentários:

Unknown disse...

olá sonia vim desejar uma feliz Primavera...
gostei da postagem

abraço das conchas

Priscila lima
www.conchasbelas.blogspot.com

Unknown disse...

É Maravilhoso este poema, Sónia, não conhecia.

Beijinho,
Ana Martins

Maré Viva disse...

Cheio de sentimento e beleza este poema que fala de flores que o vento semeia, perfumando e enfeitando o chão.

Bjs.

Evanir disse...

A vida é magia e encanto.. é preciso preservar a beleza dos nossos corações.
Saber olhar com pureza de alma respirar como se nascêssemos a cada instante!
A felicidade e a Magia é algo, que entra em nossas vidas, com total explêndor.
Um feliz e abençoado Domingo
Bjs com eterno carinho.
Evanir
Lindissimo esta seu blog...

Maria Rodrigues disse...

Lindissimo poema e excelentes fotografias.
Bom domingo
Beijinhos
Maria

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Gaúcha, nos pampas nascida Um grande sonho acalentei Morar numa ilha encantada Cheia de bruxas e fadas. Nessa terra cheia de graça Onde se juntam todas as raças, Minha ilha lança ao poente O azul espelhado da lagoa, O verde silêncio das montanhas, O rumorejar de um mar azul Que beija apaixonado a areia da Minha ilha de renda poética. Não importa se há sol ou chuva, A mágica ilha é sempre azul, Fica gravada na alma e Quem aqui vem sempre vai voltar, Para descobrir novos caminhos, Novos destinos, pois Esta magia nunca irá acabar.
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