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25 setembro 2011

Vaga nuvem


Vaga, no azul amplo solta,
Vai uma nuvem errando.
O meu passado não volta.
Não é o que estou chorando.

O que choro é diferente.
Entra mais na alma da alma.
Mas como, no céu sem gente,
A nuvem flutua calma.

E isto lembra uma tristeza
E a lembrança é que entristece,
Dou à saudade a riqueza
De emoção que a hora tece.

Mas, em verdade, o que chora
Na minha amarga ansiedade
Mais alto que a nuvem mora,
Está para além da saudade.

Não sei o que é nem consinto
À alma que o saiba bem.
Visto da dor com que minto
Dor que a minha alma tem.

Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"



5 comentários:

Luiza França disse...

Que lindo Sonia!

Seu blog tá lindo, cheio de vida. As imagens estão espetacular, dá vontade de adentrar em cada uma delas.
Bjs

Eloah disse...

Perfeito querida!Imagens e o poema de Fernando Pessoa.
O slide com as fotos de coqueiros e Sambaqui é lindíssimo.Moro em Coqueiros e posso dizer quão bela tuas fotos estão.Fazem jus a beleza do local e de suas praias.Parabéns!
Destes asas para que eu pudesse voar diante da maravilha que temos ao nosso alcance.Tenha uma semana iluminada.Bjs Eloah

:.tossan® disse...

O que vejo é diferente! Que belas fotos além de Fernando Pessoa! Belíssimas, o meu destaque é para penúltima. Beijo

Alda disse...

Gosto muito de Pessoa, e as fotos são muito bonitas!

Um beijo Sónia!

vieira calado disse...

Fiquei embevecido a ouvir os cantantes...

Obrigado.

Bjsss

Quem sou eu

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Gaúcha, nos pampas nascida Um grande sonho acalentei Morar numa ilha encantada Cheia de bruxas e fadas. Nessa terra cheia de graça Onde se juntam todas as raças, Minha ilha lança ao poente O azul espelhado da lagoa, O verde silêncio das montanhas, O rumorejar de um mar azul Que beija apaixonado a areia da Minha ilha de renda poética. Não importa se há sol ou chuva, A mágica ilha é sempre azul, Fica gravada na alma e Quem aqui vem sempre vai voltar, Para descobrir novos caminhos, Novos destinos, pois Esta magia nunca irá acabar.
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