Guardei meu poema dentro de uma bolha de sabão.
Como não ficar seduzida
pela circunstância lisa e transparente,
onde o arco-íris passeia docemente
e morre de amores pela espuma colorida?
Acomodado na nova moradia,
o poema suspirou e adormeceu.
Quando acordou, já não mais me pertencia.
A bolha de sabão se deslocara
e o poema apaixonado que eu criara
descobriu de repente que era teu.
Flora Figueiredo
Imagens de Itapema SC
4 comentários:
Muito bonito este poema.
Quase uma bolha de sabão.
Criou-se mas rapidamente o mesmo desapareceu.
Desejo-vos uma boa semana.
Lindo! Saudade dos amigos importantes que não me visitam mais. Beijo
Tudo aqui é lindo...como as bolas de sabão que eu fazia quando era garota!
Desapareceram...como diz o teu belo poema mas...ficaram para sempre na minha recordação.
Beijo e boa semana.
Graça
Boa noite, poeta, estou de visita e deixo aqui meu abraço em forma de flores azuis para parabeniza-la por tão encantadorores poemas, que Deus siga te abençoando a alma no derrame de palavras aos nossos corações.
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