Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
Carlos Drummond de Andrade
Praia do Pântano, Florianópolis
4 comentários:
Olá Sónia, porque Deus permite que alguém venha ao mundo e não tenha mãe? Eu pergunto tantas vezes porque andei de casa em casa...Lindo poema e até que é verdade. Havia de haver uma lei em que a mãe não morresse e outra lei em que seria impensável os filhos partirem à frente dos pais. Temos que concordar que a vida não tem lei. Adorei as fotos também. Beijos com carinho
Lindo poema de Drummond.Bela homenagem às Mães."O alicerce da vida começa com o amor de Mãe, que constrói, nos dá força e nos renova em cada gesto de carinho".
Bjs no coração Eloah
Olá, Sonia!
Bonito poema; linda e carinhosa maneira de definir mãe, com ingenuidade feita ternura...
Um abraço; bom fim de semana
Vitor
Feliz dia das Mães! Lindo poema, principalmente para os que já viram sua mãe partir para o outro plano de vida. De forma, que posso comprovar a veracidade: Mãe não morre nunca, ela viverá eternamente em nossos corações!
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