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13 agosto 2008



Eis a manhã no coração do estio,
cheia de tempestade.
Iguais a lenços brancos de adeus, passam as nuvens,
e o vento as sacode com sua mão viajante.

Inumerável coração do vento
pulsando sobre o nosso silêncio enamorado.
Zumbindo sob as árvores, orquestral e divino
qual uma língua cheia de guerras e de cantos.

Vento que leva em rápido roubo a folharda
e que desvia as flechas palpitante dos pássaros.
E que a vai derrubando em onda sem espuma
e substância sem peso e fogos inclinados.

Lacera-se e naufraga seu volume de beijos
batido junto à porta desse vento estival.

Vinte Poemas de Amor, Pablo Neruda

Um comentário:

EDUARDO POISL disse...

Muito lindo o teu blog amor Beijos

Quem sou eu

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Gaúcha, nos pampas nascida Um grande sonho acalentei Morar numa ilha encantada Cheia de bruxas e fadas. Nessa terra cheia de graça Onde se juntam todas as raças, Minha ilha lança ao poente O azul espelhado da lagoa, O verde silêncio das montanhas, O rumorejar de um mar azul Que beija apaixonado a areia da Minha ilha de renda poética. Não importa se há sol ou chuva, A mágica ilha é sempre azul, Fica gravada na alma e Quem aqui vem sempre vai voltar, Para descobrir novos caminhos, Novos destinos, pois Esta magia nunca irá acabar.
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