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31 dezembro 2009

O Primeiro Dia



A principio é simples, anda-se sozinho
passa-se nas ruas bem devagarinho
está-se bem no silêncio e no borborinho
bebe-se as certezas num copo de vinho
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida.

Pouco a pouco o passo faz-se vagabundo
dá-se a volta ao medo, dá-se a volta ao mundo
diz-se do passado, que está moribundo
bebe-se o alento num copo sem fundo
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida.

E é então que amigos nos oferecem leito
entra-se cansado e sai-se refeito
luta-se por tudo o que se leva a peito
bebe-se, come-se e alguém nos diz: bom proveito
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida.

Depois vêm cansaços e o corpo fraqueja
olha-se para dentro e já pouco sobeja
pede-se o descanso, por curto que seja
apagam-se dúvidas num mar de cerveja
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida.

Enfim duma escolha faz-se um desafio
enfrenta-se a vida de fio a pavio
navega-se sem mar, sem vela ou navio
bebe-se a coragem até dum copo vazio
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida.

E entretanto o tempo fez cinza da brasa
e outra maré cheia virá da maré vazia
nasce um novo dia e no braço outra asa
brinda-se aos amores com o vinho da casa
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida.

Sérgio Godinho



30 dezembro 2009

FIM DE ANO



Final de ano sempre é aquele momento especial de reflexão, é preciso aproveitar este corte no tempo para rever tudo que se viveu. É uma pausa no redemoinho dos dias, afinal as vezes a alma também precisa fechar para balanço...
Parar e pensar!
Os dias passam rápidos, carregados de acontecimentos bons e ruins, que hora são rotina, hora podem surpreender. São projetos abandonados, pessoas que perdemos, promessas que não cumprimos, mas também são dias cálidos, alegres, de inocente felicidade.
Mudar o calendário não significa mudar milagrosamente a nossa vida, mas pior é deixar de sonhar! Um novo ano que começa sem sonhos, projetos, promessas... já nasce velho!
Tivemos, claro, problemas, desilusões, quedas, separações, mas estamos vivos! Então tudo que precisamos não se trata de milagre, mas de um novo coração, capaz de vibrar com a vida, com coragem para experimentar o novo.
Quem sabe esta força renovada possa nos dar mais coragem para as lutas do dia a dia, inclusive pelos ideais que ainda temos. Quem sabe tenha chuva ou estrelas, frio ou calor, mas que importa...Graças ao milagre de viver, podemos continuar sonhando, planejando, realizando...
Estivemos juntos em 2009, e como isso foi bom!
A todos vocês que estiveram ao meu lado, meu agradecimento sincero. Foi um enorme aprendizado!
Que 2010 nos encontre juntos novamente, e que ao final dele, tenhamos mais lembranças felizes que ruins e que nossa amizade seja cada vez mais fortalecida.
Tenhamos todos um abençoado e alegre Ano Novo!
Um abraço fraterno e sincero a vocês!

Sônia



29 dezembro 2009

Simplesmente navego



A poesia passeia na minha mente.
Ninguém precisa saber que sou poeta.
Curto esse mistério.
Chega a ser obscuro fazer poesias para sí próprio.
É, acho que sou obscuro mesmo.
Não tente achar sentido na minha mente.
Acredite em mim, você não vai entender o meu universo,
não existe um único universo para mim.
Minha alma gira em torno de muitos mundos.
Nela navego por muitos universos.
Sem ponto de partida, sem ponto de parada,
sem esperar nada.
Simplesmente navego.

Garcia



Minha força está na solidão.
Não tenho medo nem de chuvas tempestivas
nem de grandes ventanias soltas,
pois eu também sou o escuro da noite.

Clarisse Lispector

28 dezembro 2009

O céu tem todas as respostas



O céu tem todas as respostas.
O céu azul, o nebuloso, o metafórico,
o céu religioso e até mesmo o céu poético, romântico.
Todo artista, todo filósofo, todo poeta, todo pensador
todos os loucos gostam de observar o céu.

Estou vendo agora o sol nascer laranja.
Fico olhando para o céu azul manchado
de púrpura e cereja.
O dia vai abrindo a sua boca,
calmamente, alegremente,
como se o próprio Deus bocejasse.
E eu fico aqui — meditando, ouvindo pássaros,
pensando na Vida,
tomando café...

Um bela hora pra colocar minhas idéias em desordem outra vez.

Edson Marques





As imagens são da Praia da Galheta, em Florianópolis. Gostaria de pedir desculpas caso não consiga visitar todos os amigos antes do novo ano, mas meu blogger só permite acesso em alguns horários. Até que o Google corrija este problema, estarei impedida de fazer mais vezes estas visitas que tanto gosto. Uma ótima semana para todos.

27 dezembro 2009

Página virada



Ah, vida, porque pões asa
no sonho e não em quem sonha?

Afonso Felix de Sousa



O tempo se dobrou como a folha do dicionário.
E foi deixando marcas indeléveis.

À primeira dobra não dei importância.
Acreditei que um passar de dedos poderia alisá-la,
o próprio peso do papel iria corrigir o amassado.

Um dia, os sonhos foram perdendo altura
e soube que essas marcas nunca sumiriam.

Página virada, a ruga, hoje, faz parte do sorriso.

Augusto Sérgio Bastos



26 dezembro 2009

FAXINA



Estou fazendo faxina
Eliminando as toxinas
E excessos da minha vida
Roupas que nunca uso
Comunidades que nunca olho
Livros que nunca lerei
Maquiagens que nunca terei coragem de experimentar
Pessoas que nunca suportei

Estou deixando de seguir
As velhas pegadas atrás do rabo do gato
Estou limpando meus abarrotados armários
Arrebentando velhos rosários
Transformando em jóias caras
Umas simples
Outras raras

Coloco agora em minha vida
Apenas o que mas faz pular da cama
Com entusiasmo e alegria
Coisas que façam sentido
E me façam sentir
O prazer de estar aqui
Apenas porque hoje
È dia de faxina

Victtoria Rossini




Imagens de hoje: anoitecer na beira mar em Florianópolis, Meia Praia e Praia Mole

24 dezembro 2009

É NATAL!



Ouça!
A mais bela canção
Na sinfonia maior
Do renascer
Do Menino
Tocando em
Seu coração
Olhe!
Até as estrelas
Parecem no céu dançar
Se vestem de rosas
E derramam pétalas
De bençãos
Sobre você e seu lar
Sinta!
O cheiro do amor
Na brisa que toca seu rosto
no amanhecer
A paz que preenche tua alma
E acalenta seu viver
Sinta a Luz do Menino Jesus
Em sua vida Renascer.

Sirlei L. Passolongo



23 dezembro 2009

Presença de Natal



É quase Natal…
Solitário em meu quarto,
olho por entre a vidraça embaçada:
luzes ao longe,
sons de canções distantes,
risos, preces, fogos a ribombar na imensidão…
Desolado, penso naqueles que me estão ausentes.
Natal frio. Triste, desolador.
Meu olhar se perde na escuridão da noite estiolada.
Olho, mas não vejo nada:
Nada à frente. Nada no futuro…
Por que estou só?
Volto o olhar ao passado,
Relembro os dias de glória,
De fama, poder, vitória…
Onde estão vocês, fãs de outrora,
Amores de verdes anos,
Amigos de toda hora?
Falhei, falhastes, falhamos,
Onde foi que deixamos
Nossos sonhos, amizades,
Enganos e desenganos?
De repente… sons que aumentam,
Frases que se elevam,
Risos que me preenchem,
Euforia, esperança, canções, cheiro de amor…
Quem chegou? Quem bate?
Feliz Natal! Sinto que chegaste,
Chegaste, não, já estavas aqui,
Apenas eu não te via,
Que alegria!
Preenches o meu Natal,
Com carinho, luz e calor!
Amigo eterno, amigo de todas as horas,
Não faltaste nunca, nem faltarias agora,
Como sempre, estás aqui,
estás comigo, Senhor!
Na fé, nunca estamos sós…
Não há melhor companhia
Que termos juntos a nós
O Aniversariante do dia!
 
Oriza Martins




Imagens: árvore de natal gigante da beiramar, árvore de natal no largo da rodoviária e bota gigante da decoração natalina do Teatro Pedro Ivo, Florianópolis-SC

22 dezembro 2009

Noivado Estranho



O luar branco, um riso de Jesus,
Inunda a minha rua toda inteira,
E a Noite é uma flor de laranjeira
A sacudir as pétalas de luz…

A luar é uma lenda de balada
Das que avozinhas contam à lareira,
E a Noite é uma flor de laranjeira
Que jaz na minha rua desfolhada…

O Luar vem cansado, vem de longe,
Vem casar-se co´a Terra, a feiticeira
Que enlouqueceu d´amor o pobre monge…

O luar empalidece de cansado…
E a noite é uma flor de laranjeira
A perfumar o místico noivado!…

Florbela Espanca - Trocando olhares - 30/04/1917



21 dezembro 2009

Poemas ao Céu por Roseana Murray



No rumo certo do vento,
amigo é nau de se chegar
em lugar azul.
Amigo é esquina
onde o tempo para
e a Terra não gira,
antes paira,
em doçura contínua.
Oceano tramando sal,
mel inventando fruta,
amigo é estrela sempre
no rumo certo do vento,
com todas as metáforas,
luzes, imagens
que sua condição de estrela contém.



Em todas as janelas me debruço,
em todos os abismos
estendo uma corda
e caminho sobre o nada.
Também ando sobre as águas,
subo em nuvens,
galgo intermináveis escadas.
Abro todas as portas
e cavernas com um sopro
ou três palavras mágicas.
Mergulho em torvelinhos,
danço no meio do vento,
pulo dentro da tempestade.
Em cada encruzilhada me sento
e tento arrumar o destino,
estranho castelo de areia.


(clique nas imagens para vê-las em tamanho maior)

20 dezembro 2009

E a cada sonho que surge



E a cada sonho que surge todos os instantes
Vamos celebrar a vida em sua plenitude
E vivê-la sem medo
Bebendo suas dádivas
E sorrir sem remorso por ter tentado ser feliz
Vamos entoar um hino em homenagem à luz
E absorver seu brilho
Como uma planta sedenta acolhe a água da chuva que cai a seus pés
Vamos fazer das lágrimas que rolam em nossos rostos
Pedras preciosas que brilham e iluminam nossos olhos
Vamos fazer de cada espinho
A esperança de encontrar uma rosa
E de cada dor
A possibilidade de um sorriso...

Clarice Lispector




As imagens de hoje são da Praia do Santinho, tiradas neste domingo em companhia do Tossan e da esposa.

19 dezembro 2009

PASTOREIO



Manhã de Domingo. Depois de muita chuva, o céu amanheceu azul.
Céu azul, depois de muita chuva, é uma felicidade.
Vou levar meu rebanho a passear.
Convido meu amigo Alberto Caeiro a me acompanhar.
Também ele é um guardador de rebanhos.
“Minha alma é um pastor,“ ele diz.
“Conhece o vento e o sol e anda pela mão das estações a seguir e a olhar. Toda a paz da natureza sem gente vem sentar-se ao meu lado...“

Eu não tenho a felicidade do meu amigo Alberto Caeiro,
que dizia que só vê direito quem não pensa.
Disse mesmo que pensamento é doença dos olhos. Entendo e concordo. Bom seria olhar para os campos e os meus pensamentos serem só os campos. Nos campos há árvores, brisa, céu azul, nuvens, riachos, insetos, pássaros.
Você, por acaso, já viu uma ansiedade andando pelos campos?
Ou uma raiva navegando ao lado das nuvens?
Ou um medo piando como os pássaros?
Não. Essas coisas não existem nos campos.
Elas só existem na cabeça. Assim, se os meus pensamentos fossem iguais ao que vejo, ouço, cheiro e sinto ao andar pelos campos, o meu mundo interior seria igual ao mundo exterior, e a minha mente teria a simplicidade e a calma da natureza.
Eu teria a mesma felicidade que têm os deuses porque, como o meu companheiro me segredou num momento de excitação teológica, nos deuses o interior é igual ao exterior. Eles não possuem inconsciente. Por isso são felizes.

Esse felicidade eu não tenho. Vejo e penso. Lembrei-me do conselho de Jesus, de que deveríamos olhar para flores do campo.

Rubem Alves
(Trechos do texto Transparências da eternidade, Verus, 2002)





As imagens de hoje são do manguezal no bairro Itacorubi, próximo ao meu trabalho. O Manguezal do Itacorubi, em Florianópolis,é considerado um dos maiores mangues urbanos do mundo. Localizado na baía Norte, é o manguezal mais preservado de toda a Ilha. O Manguezal do Itacorubi encontra-se em uma área urbana e sob jurisdição da Universidade Federal de Santa Catarina, tem 1,5 Km² de extensão. É um terreno especial formado em área protegida das ondas e correntes, onde se acumulam sedimentos orgânicos carregados pelo mar e rios. Atualmente vem sendo procurado e estudado por diversos ecologistas, pois toda a área de maguezal serve de berçário, refúgio, crescimento e reprodução de muitas espécies. Amplie as imagens para vê-las em tamanho maior.

18 dezembro 2009

Ode à Paz



Pela verdade, pelo riso, pela luz, pela beleza,
Pelas aves que voam no olhar de uma criança,
Pela limpeza do vento, pelos atos de pureza,
Pela alegria, pelo vinho, pela música, pela dança,
Pela branda melodia do rumor dos regatos,

Pelo fulgor do estio, pelo azul do claro dia,
Pelas flores que esmaltam os campos, pelo sossego dos pastos,
Pela exatidão das rosas, pela sabedoria,
Pelas pérolas que gotejam dos olhos dos amantes,
Pelos prodígios que são verdadeiros nos sonhos,
Pelo amor, pela liberdade, pelas coisas radiantes,
Pelos aromas maduros de suaves outonos,
Pela futura manhã dos grandes transparentes,
Pelas entranhas maternas e fecundas da terra,
Pelas lágrimas das mães a quem nuvens sangrentas
Arrebatam os filhos para a torpeza da guerra,
Eu te conjuro ó paz, eu te invoco ó benigna,
Ó Santa, ó talismã contra a indústria feroz.
Com tuas mãos que abatem as bandeiras da ira,
Com o teu esconjuro da bomba e do algoz,
Abre as portas da História,
deixa passar a Vida!

Natália Correia, in "Inéditos" (1985/1990)



17 dezembro 2009

Tenho um amor...



Tenho um amor fresco e com gosto de chuva,
e raios e urgências.
Tenho um amor que me veio pronto.
Assim, água que caiu de repente.
Nuvem que não passa.
Me escorrem desejos pelo rosto, pelo corpo.
Um amor susto.
Um amor, raio trovão fazendo barulho.
Me bagunça.
E chove em mim todos os dias.

Caio Fernando Abreu



Me sopre seu maior desejo?
Hoje quero me fazer de um outro jeito:
Vou ser papel em branco,
esperando que seu encanto,
me pingue alguma estrela.
Me toque com seu coração?
E me torno borboleta,
a tomar em sonhos uma imensidão.
Me empresta seu sorriso?
Decidi ser hoje algo assim,
bem bonito...."

Patty Vicensotti

16 dezembro 2009

Poema de Natal



Dorme,
que a fome passa
e se não passa
Grita
que a palavra mata
na dúvida
de quem cala
Dorme.
que a ceia que provas
é a fome da espera
Dorme.
que não és tato.
Não és faro.
És o olhar do menino
na poça d'água...
Um reflexo de Natal
Pode estar também na vidraça
onde arqueias com o dedo:
"Felicidade".
Dorme,
que do outro lado, na rua
quem lê
lê ao avesso
e se vai.

Juliana Stefani

Imagem 1:internet




15 dezembro 2009

Tempestades me fazem cócegas...



Quero os grandes vendavais, aqueles que nos rodopiam
e nos fazem sentir-se dançarinas da vida.
As grandes chamas, que queimam e ardem,
espalhando labaredas por onde passam,
com rastros de paixão!
Quero o prazer de ser o que sou: livre,
descomprometida, transparente...
Ser selvagem aos olhos dos que vêem a vida pela janela!
Quero ter nas mãos a liberdade de ir e vir,
sapateando em plena corda bamba!
Quero! Quero sim, ser dona de minha vida!
E com um sorriso de orelha a orelha,
incomodar e muito, a quem vive da minha sombra!
Não..eu não nascí para ser pouca coisa!
Eu vim ao mundo para sacudir a poeira da terra
que piso e provocar terremotos!
E quero engolir a vida, antes que ela me engula...
E de barriga cheia, quero fartar-me da felicidade!
Muito mais que somente existir, eu quero VIVER!
E quando chegar minha hora,
queira Deus que eu não vire estrela!
Quero é ser o rabo de um cometa,
majestoso, atrevido, arteiro...
onde eu possa continuar sentindo que minha alma vive!

(Mell Glitter)




Imagens de hoje: Lagoa da Conceição e parte da decoração natalina do Teatro Governador Pedro Ivo

14 dezembro 2009

Pássaro de água doce



Nos dias distantes, quando cada dia era mais longo
O medo caiu sobre mim e o medo foi forte
Antes que eu tivesse aprendido a recompensa da canção
Nos dias escuros tremi (sabia!) de sorte
Os perigos, perplexidade - o que posso encontrar?
O arco-íris no seu céu de sonho
E na noite, muitas estrelas a fascinar
Coisas escuras inalteradas na luz de dia
Como se de noite de luar fosse
Mar de estrelas como um lago onde amei na chuva doce

Um dia lá vi um pássaro, um tordo negro elegante
Sabia onde ele andou, tal como ele sabia de cor
Silencioso, ele foi, e ainda pareceu cantar
Canções de crianças e Primaveras de amor

Era um pássaro das águas doces que eu conhecia
Foi profundo e doce como uma canção
Que veio da névoa da manhã tardia
Não posso imaginar - a que distância, ele voou em vão
Pois sei que voltará às minhas águas doces
Numa tarde de Verão ...

Raul Cordeiro




As imagens são do pássaro João de Barro, que tem morada no páteo da empresa, está acostumado às pessoas e parece gostar de posar para as fotos!

Quem sou eu

Minha foto
Gaúcha, nos pampas nascida Um grande sonho acalentei Morar numa ilha encantada Cheia de bruxas e fadas. Nessa terra cheia de graça Onde se juntam todas as raças, Minha ilha lança ao poente O azul espelhado da lagoa, O verde silêncio das montanhas, O rumorejar de um mar azul Que beija apaixonado a areia da Minha ilha de renda poética. Não importa se há sol ou chuva, A mágica ilha é sempre azul, Fica gravada na alma e Quem aqui vem sempre vai voltar, Para descobrir novos caminhos, Novos destinos, pois Esta magia nunca irá acabar.
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