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11 janeiro 2009


A princípio uma, duas, uma dezena, uma linha
interrompida pairava escorregadia pelas águas.
gaivotas julguei eu que na noite tinha gritado
ou sonhado, deixem-me ir convosco,
mas elas estavam ali atracadas no silêncio do cais.
as outras, apenas aves, das que vão e
vêm quando é tempo de ir e vir.
e vinham para logo irem, muitas, quais fiapos jorrando
cada vez mais e mais, voando com o olhar
já na foz, tal como aquela correnteza imperceptível
da água. já não era um bando, era um pano
de aves escuras em contraluz, deslizando
entre dois panos cerúleos,
juntando-se lá longe como uma só
asa dançando evocante.
e em revolto véu romperam o horizonte.
no cais em silêncio, eu e as gaivotas.

http://lugarefemero.blogspot.com

4 comentários:

Andre disse...

É minha primeira vizita ao seu blog, adorei...parabens
BEijo

Phantom of the Opera disse...

No horizonte surge uma luz, é o teu olhar que ilumina este lugar de pouca luz, sigo o teu voo pelo céu escondendo-me atrás das nuvens, em cada lugar que pousas para respirar, deixas o teu cheiro, um leve sinal teu da tua presença...

Boa semana
Beijo

Maria Clarinda disse...

LIndo o poema, mais uma vez!!!!
Parabéns. Jinhos mil

Luísa disse...

Obrigada, Sónia, por ter ido buscar um 'poema' meu... é uma honra estar aqui, neste lugar além-atlântico, 'ilha de santa catarina', trazida por si e em companhia privilegiada.
Bem haja.
Luisa D.S.

Quem sou eu

Minha foto
Gaúcha, nos pampas nascida Um grande sonho acalentei Morar numa ilha encantada Cheia de bruxas e fadas. Nessa terra cheia de graça Onde se juntam todas as raças, Minha ilha lança ao poente O azul espelhado da lagoa, O verde silêncio das montanhas, O rumorejar de um mar azul Que beija apaixonado a areia da Minha ilha de renda poética. Não importa se há sol ou chuva, A mágica ilha é sempre azul, Fica gravada na alma e Quem aqui vem sempre vai voltar, Para descobrir novos caminhos, Novos destinos, pois Esta magia nunca irá acabar.
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