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19 dezembro 2012

NATAL 2012, por Ana Martins



Não,

Não poderia deixar de escrever o Natal 

Só porque os ventos sopram dissabores 
E o céu assiste a tanta miséria... 
Não poderia deixar de escrever o Natal 
Até porque vivem em mim, memórias por desvendar 
E saudades arrecadadas... 
Hoje, 
O céu acordou uma vez mais cinzento de sonhos 
E sem a esperança que faz jus até aos incrédulos. 
E eu, numa atitude de teimosia cultivada, 
Insisto em escrever o Natal, 
Mesmo sabendo que para muitas crianças 
Ele não tem a beleza dos meus natais de infância... 
E sei-me a vivê-lo de sorriso forçado, 
Tangente a tudo aquilo em que ainda acredito 
Mas, 
Ao que desacredito também. 
Pobre de mim, 
Comum mortal a enfatizar uma quadra 
Que na sua essência já não existe! 

19/12/2012
Ana Martins

* Reservados todos os direitos de autor ®

2 comentários:

Sensibilidade a navegar com poesias disse...

Parabéns pelo seu belo espaço, gostei do seu Blog e seus escritos, te convido a me visitar...Feliz Natal pra você também e um próspero Ano novo a ti e toda sua família...

Unknown disse...

Grata por partilhar o meu poema, Sónia!

Beijinho,
Ana Martins

Quem sou eu

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Gaúcha, nos pampas nascida Um grande sonho acalentei Morar numa ilha encantada Cheia de bruxas e fadas. Nessa terra cheia de graça Onde se juntam todas as raças, Minha ilha lança ao poente O azul espelhado da lagoa, O verde silêncio das montanhas, O rumorejar de um mar azul Que beija apaixonado a areia da Minha ilha de renda poética. Não importa se há sol ou chuva, A mágica ilha é sempre azul, Fica gravada na alma e Quem aqui vem sempre vai voltar, Para descobrir novos caminhos, Novos destinos, pois Esta magia nunca irá acabar.
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