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26 janeiro 2009


Se houvesse o eterno instante e a ave
ficasse em cada bater d’asas para sempre,
se cada som de flauta,
sussurro de samambaia, mover,
sopro e sombra das menores cousas
não fossem a intuição da morte,
salsa que se parte...
Os grilos devorados não fossem,
no riso da relva, a mesma certeza
de que é leve a nossa carne
e triste a nossa vida corporal,
faríamos do sonho e do amor
não apenas esta renda serena de espera,
mas um sol sobre dunas e limpo mar,
imóvel, alto, completo, eterno,
e não o pranto humano.

Alberto da Costa e Silva

19 comentários:

muriloha disse...

Lindo!

Delfim Peixoto disse...

Genialmenteescrito e lido sentidamente
bjs

Daniel Costa disse...

Sonia

Tens aqui um belo espaço de poesia, de que és incansável, a proporcioná-la aos cultores.
Daniel

*Lisa_B* disse...

Linda Sonia

Adorei esta poesia assim como todas as outras e agradeço essa partilha cultural pois assim podemos apreciar quem tão bem escreve e dar oportunidade a quem não pode comprar os livros (toneladas seriam precisas para mim) para aqui ir lendo o que cada um vai sentindo e escrevendo.

O blog está muito bem conseguido como já disse com fotos muito apropriadas aos poemas, enriquecendo-os.

Gotinhas de amizade e carinho sempre sentidos.

Eduardo disse...

Parabens...esta ótimo

Diogo Caceres disse...

Bom dia amiga!!
É verdade, a vida é um eterno ciclo que ñ para... tudo se move, avança, segue em direção ao aperfeiçoamento!!
E como a fenix mitologica, morre, p/ renascer das proprias cinzas....
Ótimo post, abração !!!

:.tossan® disse...

Lindo poema e foto! Bj

O rio

Uma gota de chuva
A mais, e o ventre grávido
Estremeceu, da terra.
Através de antigos
Sedimentos, rochas
Ignoradas, ouro
Carvão, ferro e mármore
Um fio cristalino
Distante milênios
Partiu fragilmente
Sequioso de espaço
Em busca de luz.
Um rio nasceu.
V. de Moraes

Maré Viva disse...

Excelente poema, que nos faz pensar e reflectir na riqueza da cada estrofe.
Obrigada pela partilha.
Excelente também o excerto de Miguel Sousa Tavares.
Um beijo.

Colibri disse...

Olá,

Poema extraordinário que, em tão poucas palavras reflecte o verdadeiro significado que deve ser dado à vida, e que contém a fórmula para a verdadeira felicidade...

Colibri
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Os meus últimos sentires…
Eis-me aqui: Testemunho dramático…
Colibrir as Emoções: A filha da onça…
Traços de Angola: Parte 11 - Fotos do Lobito (Parte I)…
Corais dos Recifes: Camarões ornamentais…

Anônimo disse...

A imagem complementou o texto.
Ficou perfeito.

secreto segredo

Anônimo disse...

obrigada pela mensagem e uma otima semana!!!!
beijos

Rita disse...

QUE BELLO BLOGER UN BESITO PARA TI

Anônimo disse...

LISBOA = PORTUGAL

Olá Sónia!

Aterrei aqui de para quedas – e gostei. Bom blogue, sim senhores, o teu. Interessante, bem arrumado, bem escrito. Se quiseres saber quem eu sou, visita o meu blogue, sff. Tudo o que lá está a meu respeito é a pu…ra verdadíssima. Hahahaha!

A sério: sou jornalista, por exemplo fui Chefe da Redacção do mais importante jornal portuga, o Diário de Notícias. E desde o ano passado, dizem… que sou escritor. Publiquei o «Morte na Picada», livro de contos sobre a guerra colonial em Angola (1966/68) em que, infelizmente participei. Maluqueiras dum «ancião» de 67 primaveras…

Entretanto, se quiseres, atenta cuidadosamente no que está a… seguir. Obrigadérrimo

SEGUIDORE(A)S PRECISAM-SE

Inscreve-te como seguidor(a) do meu blogue – e serás muito feliz. Não pagas nada. Nem taxa de inscrição nem quaisquer quotas. Muito menos IRS ou IMI. Tens a tua (belíssima) foto e o teu blogue ali anunciado. Fazes novo(a)s Amigo(a)s. E passas a receber mensagens de muita gente e de muitos Países. E eu entrarei no Guiness das Listas de Seguidores. É tudo benefício. E… sem truques. Bué da fixe!!!!! Verás que não te arrependes… Eu paguei-te já na mesmíssima moeda, juro pela minha virgindade (1941/09/20).

O meu blogue:
www.aminhatravessadoferreira.blogspot.com

O meu imeile ou imilio (primorosas criações cá do rapaz):
hantferreira@gmail.com
Espero por ti

Podes escrever em Português, Español, English, Français ou Italiano, keu falo e escrevo. E até uns bitaites de Deutsch que compreendo bem e escrevo umas coisas, bem como umas pouquíssimas frases de Roman.

ATENÇÃO, MUITA ATENÇÃO:

Se alguém dentre os destinatários já foi convidado ou se já se inscreveu, mil perdões. E todos os que costumam visitar este teu blogue também o podem (e devem…) fazer. Ahahahah

++++++++++++++++

Este é um texto tipo. Com algumas alterações, obviamente. De outra forma, não conseguiria chegar a todos. Peço-vos que compreendam e me desculpem. Não tenho (ainda) o dom da ubiquidade…

Qjs ou Abs – conforme a/o destinatária/o

Delírios de Maria disse...

lindíssimo texto.parabéns

UN VOYAGEUR SANS PLACE disse...

A palavra se sempre é tristonha...

Marinha de Allegue disse...

Acabo de atopar este espazo de vento, voltarei pasear ao son do vento na illa...

Unha aperta Sonia.
:)

Fernando Santos (Chana) disse...

Olá...bela fotografia...belo poema...Espectacular...
Beijos

poetaeusou . . . disse...

*
Alberto da Costa e Silva
vou tentar saber quem é,
,
li e reli o poema,
completo e terno,
como se lê
algures no poema,
,
conchinhas serenas, te envio,
,
*

Codinome Beija-Flor disse...

Sonia,
às vezes fingo ser "passarinho" e bato as asas e me livro do "pranto humano".
Lindo poema.
Bjos

Quem sou eu

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Gaúcha, nos pampas nascida Um grande sonho acalentei Morar numa ilha encantada Cheia de bruxas e fadas. Nessa terra cheia de graça Onde se juntam todas as raças, Minha ilha lança ao poente O azul espelhado da lagoa, O verde silêncio das montanhas, O rumorejar de um mar azul Que beija apaixonado a areia da Minha ilha de renda poética. Não importa se há sol ou chuva, A mágica ilha é sempre azul, Fica gravada na alma e Quem aqui vem sempre vai voltar, Para descobrir novos caminhos, Novos destinos, pois Esta magia nunca irá acabar.
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