
Mesmo que não me vejas,
eu caminho ao teu lado.
Passos sem som,
água sem música,
luar a deslizar sobre as florestas,
vento úmido contra paredes ruídas.
Por isso temos sido o que somos:
vastos sem termos partido,
infinitos sem abandonar nosso íntimo,
comovidos, mesmo sem encontrar as respostas.
Eu teria te respondido,
mas não me ouvias mais.
Sentei-me perto de ti
e pus minha mão sobre a tua –
tua mão fria dentro da minha.
Por trás de mim, outra tarde terminava.
Nenhum de nós saberá.
Te darei o que é teu.
O que é meu, eu não possuo.
Thereza Christina Rocque Da Motta - Brasil
4 comentários:
Sonia
A poesia compaginada, com o lindo pôr de sol, o que sempre me fascina. Fascinantes, são também as opções de escolha.
Daniel
OLá Sonia, visitei seu blog pela primeira vez. Parabéns pela escolha dos poemas. Voltarei sempre.
Um abraço
olá Sonia,
Os desejos de melhoras rápidas de sua mãe, sentindo-se nas suas palavras sua sensibilidade para a poesia e para a vida.
Um bem haja pela sua poesia e m bom fim de semana para vc e seus corações.
um onda de amizade do outro lado do oceano.
olharomar
"te darei o que é teu
o que é meu, eu não possuo"
Linod!Lindo!Lindo!
Imensamente belo...
Beijinho terno!
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