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31 julho 2009

As Poucas Palavras


Foi um dia, e outro dia, e outro ainda.
Só isso: o céu azul, a sombra lisa,
o livro aberto.
E algumas palavras.
Poucas, ditas como por acaso.
Eram contudo, palavras de amor.

Não propriamente ditas, antes adivinhadas.
Ou só pressentidas.

Como folhas verdes de passagem.
Um verde, digamos, brilhante,
de laranjeiras.

Foi como se de repente chovesse:
as folhas, quero dizer, as palavras brilharam.
Não que fossem ditas,
mas eram de amor, embora só adivinhadas.

Por isso brilhavam.
Como folhas molhadas.

Eugênio de Andrade

9 comentários:

EDUARDO POISL disse...

Lindo poema, teu blogger está cada dia mais lindo.
Beijos te amo muito Sônia

Unknown disse...

Eugénio de Andrade tem uma particularidade para mim - leio, releio e acabo sempre navegando ou sonhando com todas as palavras ditas procurando entender e viver cada momento.
São as folhas de laranjeira brilhantes como as palavras de silêncio que procuramos e sempre nos trazem mensagens que procuramos ler e entender ????

Anônimo disse...

Muito bom ler por aqui Eugénio de Andrade!

Bjs

Graça Pereira disse...

Soninha
As suas escolhas poéticas,são impecáveis! Eugénio de Andrade é tremendamente grande e ao mesmo tempo muito humano... tal como as suas fotos! Um bj Graça

Codinome Beija-Flor disse...

Sonia,
Estou vendo que o Edu é um grande fotografo, na verdade quem ama sabe mesmo olhar a vida com outros olhos.

** Vou embora nada, disse apenas que já pensei isso outras vezes, imagina que vou ficar longe do meu "Casal 20".
Obrigada pelo carinho.
Bjs

Wanderley Elian Lima disse...

Aliás, o amor não precisa de palavras, os olhos falam.
Bom fim de semana

Anônimo disse...

cómo siempre nos deleitas con tus imágenes y palabras tiernas!!!!!!!!!!!!
gracias por compartir...

besosssssssssssss

≈♦ Mi Sentir ♦≈ disse...

Que bello Sonia, espero estes disfrutando de este fin de semana besitoss

Fada do Mar Suave disse...

Sonia


Passeando pelo seu blog, não resisti a música e aqui estou lendo estes maravilhosos poemas, que enchem a alma de alegria.
Está tudo muito lindo e ficar aqui é prazeroso.
Um grande abraço da Fada do Mar Suave.

Quem sou eu

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Gaúcha, nos pampas nascida Um grande sonho acalentei Morar numa ilha encantada Cheia de bruxas e fadas. Nessa terra cheia de graça Onde se juntam todas as raças, Minha ilha lança ao poente O azul espelhado da lagoa, O verde silêncio das montanhas, O rumorejar de um mar azul Que beija apaixonado a areia da Minha ilha de renda poética. Não importa se há sol ou chuva, A mágica ilha é sempre azul, Fica gravada na alma e Quem aqui vem sempre vai voltar, Para descobrir novos caminhos, Novos destinos, pois Esta magia nunca irá acabar.
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