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15 março 2010

Outonal


Caem as folhas mortas sobre o lago;
Na penumbra outonal, não sei quem tece
As rendas do silêncio… Olha, anoitece!
- Brumas longínquas do País do Vago…

Veludos a ondear… Mistério mago…
Encantamento… A hora que não esquece,
A luz que a pouco e pouco desfalece,
Que lança em mim a bênção dum afago…

Outono dos crepúsculos doirados,
De púrpuras, damascos e brocados!
- Vestes a terra inteira de esplendor!

Outono das tardinhas silenciosas,
Das magníficas noites voluptuosas
Em que eu soluço a delirar de amor…

(Florbela Espanca, «Charneca em Flor», in «Poesia Completa»)



18 comentários:

Gisa disse...

Lindas imagens e texto. me apaixonei também pelo cão ao seu lado... boa semana.

Anônimo disse...

Boa noite, Sônia... que fotografia maravilhosa, que visual!
Como sempre tudo muito azul e lindo por aqui.

Beijos
Glória

Unknown disse...

Acordar e ler um poema de Florbela Espanca é como abrir um sonho e dar-lhe vida.
São todos sempre bons

Ana Cristina Cattete Quevedo disse...

Florbela Espanca é musa, de uma delicadeza sem fim
E essas imagens, Sonia...que sonho!

Um dia ainda faço uma viagem para conhecer esses lindos lugares que tu mostras.

Beijo

Unseen India Tours disse...

Beautiful Words and beautiful shot !! Thanks for sharing !!

Wanderley Elian Lima disse...

Oi Sonia
Florbela, sou como ninguém exaltar o amor em suas poesias.
Um abraço

SolBarreto disse...

Linda poesia...e com as imagens ficou tudo perfeito!

susana disse...

Adoro Florbela Espanca!
Belas imagens acompanhadas de um lindo poema!
beijinhos

El Drac disse...

Qué encanto de poesía trae con ella la magia del otoño y la búsqueda del amor, y las imágenes son preciosas toda la naturaleza en su esplendor

Henrique Rodrigues Soares disse...

Olá, Sônia,venho te convidar para participar de nossa festa e buscar teu sêlo comemorativo de 1 ano do blog 'Nossa poesia de cada dia'

Sds.

Tatá disse...

Gosto demais do Outono. Acho que depois da primavera é a estação do ano que mais conesguimos identificar. É uma delícia sentí-lo, assim como sinto esse texto da Florbela.

Beijos

Agulheta disse...

A poesia de Florbela Espanca,só por si é bela,pelas palavras e sentimentos contidos.As fotos lindas como sempre,gostei muito.
Beijo Lisa

poetaeusou . . . disse...

*
o silencio do Outono,
em brocados de ternura .
,
conchinhas,
,
*

Úrsula Avner disse...

Oi Sonia,

ler Florbela Espanca é sempre bom, sobretudo num blog tão bonito quanto o seu. Obrigada pelo carinho de sempre. Bj,

Úrsula

Dora Regina disse...

Fiquei até com saudades do outono, das folhas secas caídas no chão..
Lindos como sempre! Suas poesias e imagens.
Abraços!!!!

Laurita disse...

Olá Sónia, lindo o poema da Florbela Espanca e lindas também as tuas fotos. Beijos

Nilson Barcelli disse...

As suas escolhas são sempre magníficas.
Poemas e fotos, sempre da mais alta qualidade.
Querida amiga, um beijo.

Casa RaSena disse...

olá, Sonia
cada vez que leio algo dessa escritora fico mais encantada, mais apaixonada.
as fotos estão cada dia mais lindas!
fica com DEUS!
besitos,

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Gaúcha, nos pampas nascida Um grande sonho acalentei Morar numa ilha encantada Cheia de bruxas e fadas. Nessa terra cheia de graça Onde se juntam todas as raças, Minha ilha lança ao poente O azul espelhado da lagoa, O verde silêncio das montanhas, O rumorejar de um mar azul Que beija apaixonado a areia da Minha ilha de renda poética. Não importa se há sol ou chuva, A mágica ilha é sempre azul, Fica gravada na alma e Quem aqui vem sempre vai voltar, Para descobrir novos caminhos, Novos destinos, pois Esta magia nunca irá acabar.
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