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11 março 2011

Outono


Talvez nunca a ternura fosse tanta
Como entre os montes amadurecidos
E quando as casas se elevam
Entre o ouro e o fumo da tarde.
Silêncio que parece vir do lento
Passado,
Vozes que se dão em resignada melancolia
E tomam a forma dos frutos
Vinho e sombra que apagam o mar
Nas árvores
Onde não tardará o abandono
Memória do que somos.
Repousam sobre a noite os grous
Enquanto as cidades crescem à nossa volta
Contra o sul vencido.
Vento, ramo e sombra que caem
Sobre as janelas ardentes:
Lá onde a púrpura se reclina
Sobre a água e a beleza
A verdade começa a surgir da espuma.


Henrique Dória



Imagem 1: Barra da Lagoa
Imagens 2 e 3: beira mar norte Florianópolis

8 comentários:

Anônimo disse...

Boa noite Sónia,
há muito que já não vinha aqui, gostei muito deste momento de poesia.
Grata pela partilha.

Beijinho,
Ana Martins

Canil Bons Companheiros disse...

Boa noite, passei aqui para ver mais fotos da ilha e me deparei com esta linda poesia, parabéns.

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Minha querida

Mais uma bela poesia, e as fotos são fabulosas.

Deixo um beijinho com carinho
Sonhadora

SAM disse...

SOnia,

Adorei o poema ( desconhecia o poeta e fico-lhe grata pela apresentação). A foto do cabeçalho do blog está deslumbrante!


Beijos com carinho e bom fim de semana.

Luciane Moraes disse...

Olá! Sônia

Lindo poema*

Um ótimo final de semana pra vc* TUDO DE BOM*

Abraços,
Lu

Unknown disse...

Hoje roubei todas as rosas dos jardins
e cheguei ao pé de ti de mãos vazias.

Eugénio de Andrade


Beijos poéticos e o meu carinho...M@ria

DÉIA disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
DÉIA disse...

Oi Sônia me desculpa postei mesmo um poema seu já concertei la no meu blog coloquei o seu nome debaixo do seu poema ok..Estou te seguindo vai ser uma honra se vc puder me seguir tb.Seus poemas são maravilhosos eu não me canso de ler eles sempre passo aqui em teu blog..Bjus

Quem sou eu

Minha foto
Gaúcha, nos pampas nascida Um grande sonho acalentei Morar numa ilha encantada Cheia de bruxas e fadas. Nessa terra cheia de graça Onde se juntam todas as raças, Minha ilha lança ao poente O azul espelhado da lagoa, O verde silêncio das montanhas, O rumorejar de um mar azul Que beija apaixonado a areia da Minha ilha de renda poética. Não importa se há sol ou chuva, A mágica ilha é sempre azul, Fica gravada na alma e Quem aqui vem sempre vai voltar, Para descobrir novos caminhos, Novos destinos, pois Esta magia nunca irá acabar.
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