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03 janeiro 2009


Dai-me um dia branco, um mar de beladona
Um movimento
Inteiro, unido, adormecido
Como um só momento.

Eu quero caminhar como quem dorme
Entre países sem nome que flutuam.

Imagens tão mudas
Que ao olhá-las me pareça
Que fechei os olhos.

Um dia em que se possa não saber.

Sophia de Mello Breyner Andresen

2 comentários:

Marta Vasil (pseud.de Rita Carrapato) disse...

Escritora que conheço muito bem na literatura infanto-juvenil e muito mal a nível da poesia. É imperdoável.
saciei-me com as palavras dela.

Já fui visitar as suas palavras e gostei muito do que li. Porque não as publica num blogue, partilhando connosco esses sentires lá presentes? Pense nisso.
Gostei mas de uns poemas do que de outros, como é normal.
Com algum atrevimento (espero que me desculpe) transcrevo para aqui aquele que mais me sensibilizou, aquele que tem a ver comigo HOJE.
Sei que amanhã poderia ser outro...

"Pensamentos mágicos
que viajam na solidão
feito sombras bailarinas,
fogo preso em lamparinas,
a desvendar palavras sem rimas,
até te achar em minhas noites
entre sombras sensuais,
de uma ausência tão presente,
que me visto de luar
e vivo sonhos irreais."

Beijinhos e espero ver as suas palavras nestes cantos de escrita onde as vamos partilhando uns com os outros.

MV

FERNANDINHA & POEMAS disse...

Querida Sonia, uma bela foto e um poema lindo... Beijinhos de carinho e ternura,
Fernandinha

Quem sou eu

Minha foto
Gaúcha, nos pampas nascida Um grande sonho acalentei Morar numa ilha encantada Cheia de bruxas e fadas. Nessa terra cheia de graça Onde se juntam todas as raças, Minha ilha lança ao poente O azul espelhado da lagoa, O verde silêncio das montanhas, O rumorejar de um mar azul Que beija apaixonado a areia da Minha ilha de renda poética. Não importa se há sol ou chuva, A mágica ilha é sempre azul, Fica gravada na alma e Quem aqui vem sempre vai voltar, Para descobrir novos caminhos, Novos destinos, pois Esta magia nunca irá acabar.
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