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23 janeiro 2009


Uma noite em que eu respirava o perfume das flores
à beira do rio,
o vento trouxe-me a canção de uma flauta distante.
Para responder-lhe, cortei um ramo de salgueiro
e a canção da minha flauta embalou a noite encantada.

Desde então, todos os dias,
à hora em que o campo adormece,
os pássaros ouvem a conversa
de dois pássaros desconhecidos,
cuja linguagem, no entanto, compreendem.

Li Po, poeta chinês (701-762 d.C.)
Do livro "Poemas Chineses"
Editora Nova Fronteira, 1996
Tradução para o português: Cecília Meireles

2 comentários:

Viviane Ramos disse...

Querida Sônia...estou mesmo extasiada em conhecer teu espaço!
É como se ele tivesse alma...emociono-me e arrepio-me a cada linha...selecionas-te belas poesias...mas não tão belas quanto as tuas...Obrigada por me presentear com tua presença em meu simples blog...sinto-me lisongeada!
Um abraço poético!!

Leonor Cordeiro disse...

LINDOOO!!!
Essa fotografia é sua??? As imagens que você escolhe são lindas!

Quem sou eu

Minha foto
Gaúcha, nos pampas nascida Um grande sonho acalentei Morar numa ilha encantada Cheia de bruxas e fadas. Nessa terra cheia de graça Onde se juntam todas as raças, Minha ilha lança ao poente O azul espelhado da lagoa, O verde silêncio das montanhas, O rumorejar de um mar azul Que beija apaixonado a areia da Minha ilha de renda poética. Não importa se há sol ou chuva, A mágica ilha é sempre azul, Fica gravada na alma e Quem aqui vem sempre vai voltar, Para descobrir novos caminhos, Novos destinos, pois Esta magia nunca irá acabar.
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