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Uma noite em que eu respirava o perfume das flores
à beira do rio,
o vento trouxe-me a canção de uma flauta distante.
Para responder-lhe, cortei um ramo de salgueiro
e a canção da minha flauta embalou a noite encantada.
Desde então, todos os dias,
à hora em que o campo adormece,
os pássaros ouvem a conversa
de dois pássaros desconhecidos,
cuja linguagem, no entanto, compreendem.
Li Po, poeta chinês (701-762 d.C.)
Do livro "Poemas Chineses"
Editora Nova Fronteira, 1996
Tradução para o português: Cecília Meireles
2 comentários:
Querida Sônia...estou mesmo extasiada em conhecer teu espaço!
É como se ele tivesse alma...emociono-me e arrepio-me a cada linha...selecionas-te belas poesias...mas não tão belas quanto as tuas...Obrigada por me presentear com tua presença em meu simples blog...sinto-me lisongeada!
Um abraço poético!!
LINDOOO!!!
Essa fotografia é sua??? As imagens que você escolhe são lindas!
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