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17 fevereiro 2009


Carrego em meu canto
a procura
e os sonhos
de meus sentimentos.
Frustrado!...
Sinto também,
quando canto,
um vazio, sem eco.
Ainda, se canto,
me espanto
e percebo
o amargo abandono
de menino de rua
e a agonia da solidão,
sem texto.
Sinto, também, um fio
de desesperança
que me acompanha.
Como ao passarinho
que voa e canta,
em galho seco
de inverno,
e a nenhum outro
passarinho encanta
ou espanta.
É apenas uma ave,
somente uma ave,
que pensa cantar,
e canta, e canta, e canta...

João Costa Filho
Imagem: Anderson Araujo

10 comentários:

Anônimo disse...

Gostei do poema,versos curtos q.parece q.embalam ou q.esperam a música q. os complete.
Beijoo.
isa.

Unknown disse...

Quem me dera poder cantar e encantar esses meninos de rua :)
beijinho Sónia , tem um dia lindo.

José Leite disse...

Ai como os passarinhos têm uma mensagem tão profunda!!!

Daniel Costa disse...

Sonia

Um poema belo, com uma toada de sonho, que encanta, de João Costa Filho.
Bem seleccionado!...
Daniel

José Carlos Brandão disse...

O menino de rua é esse passarinho, desprotegido, sem nenhum valor.
Tem suas penugens e o céu azul por cobertor.
O seu leito são as pedras das rua
e a sua mãe a pálida lua.
Abraços.

D.Ramírez disse...

Uma vez em um sitio, eu com uma teleobjetiva e uma poderosa camera em punho, tentei fotografar passaros. Corri atras de varios, ia quase q engatinhando perto de algum como esse parado, mas nada, me deram olé..nunca mais..haha..alem de que tem que ter paciencia, e eu nao tenho muita nao..rs
Bela foto e poema.

besos

Jaclo disse...

..."Sinto, tambén, um fio
de desesperança
que me acompanha."
¡Qué bien descrito!
Saludos

Sônia Brandão disse...

Mas ainda há um pássaro que canta...
Beijos.

Unknown disse...

Bonito!!!!!!!
Mas gosto mais quando você escreve!

Beijinhos,
Ana Martins

Maysha disse...

Gostei Sónia, está lindo.
Tem um dia de sol e paz
Beijo
Isa

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Gaúcha, nos pampas nascida Um grande sonho acalentei Morar numa ilha encantada Cheia de bruxas e fadas. Nessa terra cheia de graça Onde se juntam todas as raças, Minha ilha lança ao poente O azul espelhado da lagoa, O verde silêncio das montanhas, O rumorejar de um mar azul Que beija apaixonado a areia da Minha ilha de renda poética. Não importa se há sol ou chuva, A mágica ilha é sempre azul, Fica gravada na alma e Quem aqui vem sempre vai voltar, Para descobrir novos caminhos, Novos destinos, pois Esta magia nunca irá acabar.
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