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15 julho 2009

Flor de Lótus


No dia em que a flor de lótus desabrochou
A minha mente vagava, e eu não a percebi.
Minha cesta estava vazia
e a flor ficou esquecida.
Somente agora e novamente,
uma tristeza caiu sobre mim.
Acordei do meu sonho sentindo o doce rastro
De um perfume no vento sul.
Essa vaga doçura fez o meu coração doer de saudade.
Pareceu-me ser o sopro ardente no verão,
procurando completar-se.
Eu não sabia então que
a flor estava tão perto de mim
Que ela era minha,
e que essa perfeita doçura
Tinha desabrochado
no fundo do meu coração.

Rabindranath Tagore

Imagem 1: Flick
Imagem 2: Tijucas por Tom Schmorantz

25 comentários:

Dora Regina disse...

Poema lindo como a flor de lotus em sintonia com toda beleza do seu blog...
Parabéns!

Roque Soto disse...

Belas esas frores, belo esa paisaxe, belos o seus sentimentos de amor. ¡Longa vida a todas e todos!

Unha aperta

Branca disse...

Muito lindo e tranquilo o seu poema, apesar de algo triste, mas a doçura prevalesce.
Adorei a paisagem, muito linda.
Gosto imenso do seu espaço por tudo, mas sobretudo pela paixão que tenho pelo mar e pelos rios ou qualquer espaço com água que aqui é uma constante.
Beijinhos para si.
Branca

Maria Clarinda disse...

Maravilha de fotos e poema!!!!
Li e reli ao som da música linda!!!!!
Jinhos

Wanderley Elian Lima disse...

A flor de lótus tem um significado especial no hinduísmo pois representa a pureza e a beleza, embora brote em águas lamacentas.
Um abraço

Daniel Costa disse...

Sonia

A própria flor do lótus realça o poema.
A maneira como é conduzido o blog, revela superior supervisão, apetecível mesmo.
Daniel

Everson Russo disse...

Que lindo poema, ando procurando essa flor pro meu jardim, obrigado pela visita e por acompanhar o Livro, um grande beijo no seu coração

www.olivrodosdiasdois.blogspot.com

Unknown disse...

É um poema extraordinário, a falar sobre a nossa distracção, por momentos não ouvindo, não vendo o desabrochar da flor, que para nós olha, e não percebe, e se sente abandonada. E depois há o momento da brisa que nos vem lembrar, ou a folha que oscila no ar e nos acena, e nos desperta...e a gente corre para a folha de lótus.
Um
beijo.

Anônimo disse...

São essas distrações, quando a saudade incerta nos bate, que também nos faz lembrar que existe alguém muito importante a ser lembrado e ser cuidado - nós mesmos.

bjs

Graça Pereira disse...

Um vento fresco passou por aqui...sem horas, partilhando enigmas, sentimentos e flores... depois. depois foi embora, deixando todos felizes. Um bj Graça

Déia disse...

Uma vez estive no Templo Zulai, um templo budista, e lá pela primeira vez vi a flor de Lotus, uma perfeição, ou mais uma perfeição da natureza.
Acho que mesmo quando estamos tristes, devemos fazer um esforço para não deixarmos de olhar as belas coisas do mundo.. pois a gente pode não ter outra chance de vê-las !
bjs

A.S. disse...

Sónia...

A poesia brota dos teus lábios...

A.S. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

É um belíssimo poema acomanhado com a flor de lótus que é a flor da paz.
Tudo de bom.

beijos

Pena disse...

Sensível e linda Amiga:
Que poema fabuloso direccionado à sua enorme e gigantesca mãe de sonho. Repleto de afecto e amor que escreveu.
Poetiza com pureza o que lhe vai no coração enorme.
Fabuloso. Lindo.
Excelente poesia de encanto.
Adorei!
Com imenso respeito.
Sempre a estimá-la e a lê-la atentamente pela beleza que expressa...
Beijinhos amigos
Maravilhado...


pena


Bem-Haja, linda poetiza de sonho.

José Ramos disse...

Se Tagore participou do movimento nacionalista indiano e era amigo pessoal de Mahatma Ghandi. Devia também ter conhecido como Pandit (professor) Nehru ou Pandita Nehru, foi um líder da ala socialista no congresso nacional indiano durante e após o esforço da Índia para a independência do império britânico. Tornou-se no primeiro-ministro da Índia na independência, de 15 de agosto de 1947 até sua morte.
Tagore como visionário, devia ter dado uma opinião, que a Índia devia ser indivisível. O Enclave do Paquistão Islâmico nunca devia ter tomado a sua Independência. Ficaria a Índia Unida e o enclave livre de praticar a sua religião.
Mesmo o Pémio Nobel da Paz cometeu um erro. Depois do Assassinato de Gandhi a Índia ficou com um problema maior, não só deles mas da Humanidade. O Terrorismo!
Um bem-haja

Zé Ernesto Gaia

Lília Abreu disse...

"perfeita doçura no fundo do coração" - uma frase bem a condizer com Sonia. Com ventos e ilhas...
Beijinho e carinho, Sónia.
Lília

Anônimo disse...

lindo post.

bjosss...

Úrsula Avner disse...

Minha cara Sonia, muito obrigada pelo carinho de sua visita e interesse em acompanhar o blogger.Vou linkar o seu. Um abraço com carinho.

Sônia Brandão disse...

Tantas vezes flores desabrocham ao nosso lado mas nossos olhos e nosso coração estão fechados.
bjs

Ricardo e Regina Calmon disse...

Bela citação de Tagore,a lotus flor tematizando em versos forma,flor essa,sempre desabrocha com lúdicas cores,em aguas adversas e paradas,a vida sempre brotando,como voce,que me traz a mente quando te leio,em girassol forma iluminando seus mais queridos e o mais amado!
Tu és pessoa escriba,poeta e mulher guerreira!
Beijo mãos suas ,doce senhora,por nós querida e respeitada mui!

Viva Vida!

Ricardo e Regina Calmon disse...

Bela citação de Tagore,a lotus flor tematizando em versos forma,flor essa,sempre desabrocha com lúdicas cores,em aguas adversas e paradas,a vida sempre brotando,como voce,que me traz a mente quando te leio,em girassol forma iluminando seus mais queridos e o mais amado!
Tu és pessoa escriba,poeta e mulher guerreira!
Beijo mãos suas ,doce senhora,por nós querida e respeitada mui!

Viva Vida!

Ricardo e Regina Calmon disse...

Bela citação de Tagore,a lotus flor tematizando em versos forma,flor essa,sempre desabrocha com lúdicas cores,em aguas adversas e paradas,a vida sempre brotando,como voce,que me traz a mente quando te leio,em girassol forma iluminando seus mais queridos e o mais amado!
Tu és pessoa escriba,poeta e mulher guerreira!
Beijo mãos suas ,doce senhora,por nós querida e respeitada mui!

Viva Vida!

Ricardo e Regina Calmon disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
koisitasminhas disse...

É bom sentir a ternura de tão bela poesia, parabéns.

Quem sou eu

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Gaúcha, nos pampas nascida Um grande sonho acalentei Morar numa ilha encantada Cheia de bruxas e fadas. Nessa terra cheia de graça Onde se juntam todas as raças, Minha ilha lança ao poente O azul espelhado da lagoa, O verde silêncio das montanhas, O rumorejar de um mar azul Que beija apaixonado a areia da Minha ilha de renda poética. Não importa se há sol ou chuva, A mágica ilha é sempre azul, Fica gravada na alma e Quem aqui vem sempre vai voltar, Para descobrir novos caminhos, Novos destinos, pois Esta magia nunca irá acabar.
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