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08 agosto 2009
Quem inventou a partida?
Quem inventou a partida?
De um filho, de um amigo,
de um parente, da vida ...
Que oca figura é esta
que nada lhe toca e lhe resta,
para inventá-la tão triste?
E tudo nela é sofrido:
o abraço, o olhar,
o beijo dividido...
Tudo nela tem uma ponta de dor:
As palavras, um afago ,
uma lágrima!
E ainda nos deixa
uma saudade tamanha,
Pesada de carregar!
Quem inventou a partida
Não sabia amar!
Não teve infância,
nem se apaixonou!
Não teve amigos,
nunca chorou ...
Não viu a primavera,
a neve das chaminés!
A chuva da janela,
os rios e igarapés.
Quem inventou a partida
Deveria estar de mal com a vida!
Não conseguiu compreendê-la.
Não viu o neto,
a noite e seu teto,
os quinze anos de um filho ...
Quem inventou a partida?
Seria a propria dor nascida?
Perdeu os natais,
crepúsculos e madrigais ...
Perdeu o pulsar da vida!
Quem inventou a partida
a fez sem autorização,
do amor guardado em nós!
Sem data marcada, sem dia certo...
fez a sós!
Sem trato, ou distrato,
sem contrato de gaveta.
Mas a fez, metido a besta!
E a nós, o que resta?
Dos dias, espreitar à fresta
esperando o momento que
chegará em nossa vida,
no mais completo silêncio.
(José Geraldo Martinez)
Imagem: http://picasaweb.google.com/lh/photo/ZerhTt_6E6c-K7M4DEnNPQ
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Quem sou eu
- Sonia Schmorantz
- Gaúcha, nos pampas nascida Um grande sonho acalentei Morar numa ilha encantada Cheia de bruxas e fadas. Nessa terra cheia de graça Onde se juntam todas as raças, Minha ilha lança ao poente O azul espelhado da lagoa, O verde silêncio das montanhas, O rumorejar de um mar azul Que beija apaixonado a areia da Minha ilha de renda poética. Não importa se há sol ou chuva, A mágica ilha é sempre azul, Fica gravada na alma e Quem aqui vem sempre vai voltar, Para descobrir novos caminhos, Novos destinos, pois Esta magia nunca irá acabar.
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16 comentários:
Sónia
Gostei muito de ler este poema.
É triste, mas é uma realidade e o modo crescente como está escrito mexe cá por dentro da nossa alma e da nossa vida
Belo e intenso,melancólico e triste em momentos dos ventos,a nostalgia dos igar´pés,emanas poesia tristeza solidão e ternura pura,em contido pranto,singelo e doce!
bzu mãos suas,Sônia Linda e Amada Miga Nossa!
Viva Vida
Ahhhh!Sônia Linda Miga ,kitango solene!visceral!intenso,rubro!gitano,fogoso,erótico,puro ,translúcido!
Bom Domingo Gitana miga!
Viva Vida!
A dor da saudade ,da perda,do amigo maior,mais intenso,de semeador de vida nossa dói ,dói sim!
Te abraço!
Soninha!
Ler este texto no primeiro "dia dos pais" sem meu pai, é uma prova de fôlego!
E, pensando na vida
eu digo sem medo de errar
quem inventou a partida
nunca amou
desconheceu a saudade!!
Sempre passear aqui é a tradução de um momento lindo, de mais um aprendizado e de uma audição sempre sensível ao coração!!
Parabéns ao Eduardo pelo Dia dos Pais!!
Deixo aquele beijãozinho e um etrno abração apertadinho!!
Sônia,
belo poema, principalmente num dia tão bonito como esse.
Um forte abraço e votos de felicidade!
Sónia
"Quem inventou a partida"?
Um poema que achei excepcional, não terei a culpa de gostar deste tipo de ritmo poético.
De qualquer modo, hoje a frase nem sempre fará sentido, na medida em que se acabaram as grandes viagens de maritímas, que deram lugar às aéreas.
Era, em que podemos estar em conecção, como se fossemos o vizinho mais próximo.
Agora é tudo vou ali já venho!
Chiu, estou a ver um poema de que gosto muito.
Daniel
Que lindo!
Mas quem inventou a partida, certamente aguardava ansiosamente cada chegada....
E se a partida for eterna...quem inventou, nos devolveu a condição de finitude, de humanos! triste constatação! Aproveitemos antes da partida!
bj
Olá Sonia,
Obg seu comentario - você tem toda a liberdade para postar os meus poemas.
Estou sentado na casa cedida por uns amigos, a dois passos da praia, neste Norte,e vejo a serenidade deste mar, neste dia de ondas rasas e vento solto onde as gaivotas aproveitam seu tempo e sem esforço vão planando e imagino este oceano beijando outras costas despertando outros sentimentos.
um abraço de amizade deste outro lado do mar
Belo poema;nós somos como a natureza:nascer,viver morrer na certeza do reencontro para mais um aprendizado neste ou em outro planeta.Beijo no coração.Saúde,paz e vida sempre.
Gostei muito dessa forma poética de nos apresentar a dor. Fica numa forma linda "essa dor". Parabéns!!
Discordo do texto.
Egoísmo total por parte do escritor.
Partida para quem fica, Ida para quem vai.
Devemos nos sentir felizes por uma partida, por uma despedida. Se for é claro da vontade de quem parte.
Direto do Rio. Discordando um pouquinho.
Beijos.
Sonia, quem inventou a partida não sabia o que era saudade...
Abraços!
Realmente quem inventou a partida, estava de mal com a vida....
Um barco abandonado, sem ninguém, lembra essa partida que todos nós, um dia, sofremos na vida...Lindo este poema e o espelho das nossas vivências.
Uma semana feliz para si, Soninha . Graça
Oi Linda deixei um presente no meu Horizonte, é teu com carinho!
Beijos!
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