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23 março 2010

EVOCAÇÃO


                      
Há um silêncio que não tivemos tempo de construir. 
Tudo foi estrondo 
avenidas que se rasgaram e perpendiculares ao rio 
clarearam a cidade. 

Mas o silêncio do longo olhar, 
as mãos germinando quietas 
às luzes da cidade que o outono terá acendido mais cedo - 
o silêncio, não. 

Eventualmente regresso: 
manhã velada, tranquilo azul, ao fundo o rio. 
Tudo aqui. Exceto lembrança
de amoroso silêncio que não tivemos tempo de construir.

Soledade Santos



15 comentários:

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Sonia
Lindo poema, acompanhado de belas imagens.

Eventualmente regresso:
manhã velada, tranquilo azul, ao fundo o rio.
Tudo aqui. Exceto lembrança
de amoroso silêncio que não tivemos tempo de construir.


Adorei

Beijinhos
Sonhadora

Anônimo disse...

a cor desse mar é coisa de louco!!!

bjosss...

Unknown disse...

Bom dia
Apanhei um choque eléctrico.
É o que nos acontece diáriamente quando olhamos à volta e vemos a transformação da cidade e da sociedade.
Só falta construir o silêncio.....
Já não houve tempo.........

Wanderley Elian Lima disse...

Bom dia Sonia
As lembranças de algo que não se concretizou, guardadas em silêncio.
Um abraço

Alma Acreana disse...

Oi Sônia,
sempre que venho aqui sinto uma grande saudade dessa região tão bela.
Bonita poesia e ótimas imagens!

Um abraço!

Penélope disse...

Olá Soninha,

Estou eu a evocar a face de um bem querer que está tão longe...

Qua saudades!!!!

O poema fez-me sentir a ausência deste bem de uma forma boa.

Beijinhos

FOTOS-SUSY disse...

OLA SONIA, MAGNIFICO POEMA...AS FOTOS ESTAO LINDISSIMAS...VOTOS DE UM FELIZ RESTO DE SEMANA!!!
BEIJOS DE AMIZADE,


SUSY

Sonia Parmigiano disse...

Sônia,

Por vezes construir um silêncio amoroso é muito mais difícil, pois ele á a parte segura, aquela que nos dá a tranquilidade...e nem todos conseguem atingir esse silêncio tão necessário.

Linda postagem....

Beijos,

Reggina Moon

Helena Castelli disse...

Minha querida Sônia.

Evocação é um poema tão melancólico e, apesar disso, tão lindo...

Beijos com carinho.
Helena

manuela baptista disse...

Bonito poema de Soledade Santos!

e eu agora

mergulhava inteira nesse mar!

um abraço para si Sónia

Manuela

Daniela disse...

ahh
como foi bom ter vindo aqui!
imagens lindas! texto adorável..
hum, no silêncio somos capazes de escutar mtas coisas ehm

-.-

beijoss

Tatiana disse...

me causou uma certa paz!

Priscila Rôde disse...

Lembrar o não foi construido é regressar ainda mais.

Lindas imagens!

GS disse...

... vir aqui é um deslumbramento para o olhar!
Lindíssimas fotos!

O poema toca a imensidão desse mar!
Um beijo,

regina ragazzi disse...

Linddo e nostálgico como o outono. Adorei Sonia. Desculpa a demora em lhe visitar. Estive fora da net por uns dias. Grata pelo seu comentário em meu texto. Bjsss

Quem sou eu

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Gaúcha, nos pampas nascida Um grande sonho acalentei Morar numa ilha encantada Cheia de bruxas e fadas. Nessa terra cheia de graça Onde se juntam todas as raças, Minha ilha lança ao poente O azul espelhado da lagoa, O verde silêncio das montanhas, O rumorejar de um mar azul Que beija apaixonado a areia da Minha ilha de renda poética. Não importa se há sol ou chuva, A mágica ilha é sempre azul, Fica gravada na alma e Quem aqui vem sempre vai voltar, Para descobrir novos caminhos, Novos destinos, pois Esta magia nunca irá acabar.
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