As coisas
que amamos
as pessoas que amamos
são eternas até certo ponto.
Duram o infinito variável
no limite de nosso poder
de respirar a eternidade
Pensá-las é pensar que não acabam nunca,
dar-lhes moldura de granito.
De outra maneira se tornam absoluta
numa outra (maior) realidade.
Começam a esmaecer quando nos cansamos,
e todos nos cansamos, por um outro itinerário,
de aspirar a resina do eterno.*
Já não pretendemos que sejam imperecíveis.
Restituímos cada ser e coisa à condição precária
rebaixamos o amor ao estado de utilidade.
Do sonho eterno fica esse gozo acre
na boca ou na mente, sei lá, talvez no ar.
Carlos Drummond de Andrade
4 comentários:
Boa noite !
passando para o desejo de um lindo final de semana !
Adicionada a linhas e agulhas com criatividade,te convido para um convite especial.
Hoje estarei no blog da Catiaho com uma interessante matéria,te aguardo por lá
http://reflexosespelhandoespalhandoamigos.blogspot.com.br/
Poema maravilhoso
Desejo um Domingo muito feliz
Deixo cumprimentos
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http://pensamentosedevaneiosdoaguialivre.blogspot.pt/
Adorei o poema!!
Desejo-vos um Bom Domingo
Beijinhos
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Olá Sônia! Passando para te cumprimentar e apreciar este belo poema do Carlos Drummond, fruto das tuas acertadas escolhas.
Beijos e muita paz pra ti e para os teus.
Furtado.
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