Por
vezes cada objeto se ilumina
do que no passar é pausa íntima
entre sons minuciosos que inclinam
a atenção para uma cavidade mínima
E estar assim tão breve e tão profundo
como no silêncio de uma planta
é estar no fundo do tempo ou no seu ápice
ou na alvura de um sono que nos dá
a cintilante substância do sítio
O mundo inteiro assim cabe num limbo
e é como um eco límpido e uma folha de sombra
que no vagar ondeia entre minúsculas luzes
E é astro imediato de um lúcido sono
fluvial e um núbil eclipse
em que estar só é estar no íntimo do mundo.
António Ramos Rosa
4 comentários:
Bom dia
Um Poema Maravilhoso, com fotos fantásticas. Gostei muito.
Beijos
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Olá Sônia! Passando para te cumprimentar e apreciar este belo poema do grande António Ramos Rosas, fruto das tuas acertadas escolhas.
Abraços e muita paz para ti e para os teus.
Furtado.
Um belo poema de António Ramos Rosa o poeta algarvio. Não menos belas as imagens.
Um abraço
Que lindo Sônia, tudo maravilhoso, poema e imagens escolhidas a dedo! Bjs Marli
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