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18 março 2014

Por vezes...


Por vezes cada objeto se ilumina
do que no passar é pausa íntima
entre sons minuciosos que inclinam
a atenção para uma cavidade mínima
E estar assim tão breve e tão profundo
como no silêncio de uma planta
é estar no fundo do tempo ou no seu ápice
ou na alvura de um sono que nos dá
a cintilante substância do sítio
O mundo inteiro assim cabe num limbo
e é como um eco límpido e uma folha de sombra
que no vagar ondeia entre minúsculas luzes
E é astro imediato de um lúcido sono
fluvial e um núbil eclipse
em que estar só é estar no íntimo do mundo.


António Ramos Rosa




4 comentários:

Cidália Ferreira disse...

Bom dia
Um Poema Maravilhoso, com fotos fantásticas. Gostei muito.

Beijos

http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

Rosemildo Sales Furtado disse...

Olá Sônia! Passando para te cumprimentar e apreciar este belo poema do grande António Ramos Rosas, fruto das tuas acertadas escolhas.

Abraços e muita paz para ti e para os teus.

Furtado.

Elvira Carvalho disse...

Um belo poema de António Ramos Rosa o poeta algarvio. Não menos belas as imagens.
Um abraço

Marli Soares Borges disse...

Que lindo Sônia, tudo maravilhoso, poema e imagens escolhidas a dedo! Bjs Marli

Quem sou eu

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Gaúcha, nos pampas nascida Um grande sonho acalentei Morar numa ilha encantada Cheia de bruxas e fadas. Nessa terra cheia de graça Onde se juntam todas as raças, Minha ilha lança ao poente O azul espelhado da lagoa, O verde silêncio das montanhas, O rumorejar de um mar azul Que beija apaixonado a areia da Minha ilha de renda poética. Não importa se há sol ou chuva, A mágica ilha é sempre azul, Fica gravada na alma e Quem aqui vem sempre vai voltar, Para descobrir novos caminhos, Novos destinos, pois Esta magia nunca irá acabar.
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