Como se a terra
corresse inteirinha atrás do rio,
a seguir serras
e vales num enorme caminhar,
eu vejo a imensa
saudade escorrer-se sobre mim.
Sei de onde ela
partiu. Não sei onde vai chegar.
Como se o rio
voltasse todo ao encontro da terra,
e, num abraço
apertado, inundasse a solidão,
eu sinto a minha
saudade, penitência dos aflitos,
desesperar-se.
E, aos gritos, mergulhar na imensidão.
Se eu fosse a
terra, eu cumpria meu destino de ser leito.
Se eu fosse o
rio, eu seguia meu destino de ser mar.
Eu não sou terra
nem rio. Sou um barco de papel!
Onde vai, pois,
um barquinho de papel a navegar?
Kátia Drummond
5 comentários:
Não me interessa o que você faz da vida.
O que eu quero saber é pelo que você anseia
e se se atreve a sonhar com os desejos do seu coração.
Não me interessa saber que idade você tem.
Eu quero saber se você se arriscaria a parecer tolo por amor,
pelos seus sonhos, pela aventura de estar vivo.
Oriah Mountain Dreamer
Quero saber se você pode ver a beleza mesmo quando o que vê não é bonito, todos os dias, e se você pode buscar a fonte de sua vida em sua presença. Quero saber se você pode conviver com o fracasso, seu e meu, e ainda postar-se à beira de um lago e gritar à lua cheia prateada: “Sim!”.
Não me interessa saber onde mora e quanto dinheiro você tem. Quero saber se você pode levantar depois de uma noite de tristeza e desespero, cansado e machucado até os ossos e fazer o que tem que ser feito para as crianças.
Não me interessa quem você é, como chegou até aqui. Quero saber se você vai se postar no meio do fogo comigo e não vai se encolher.
Me conta de ti. Não devemos-nos perder, somos tão poucos. Cuide de você, não sofra sem necessidade, me queira bem. Te quero bem. — Caio Fernando Abreu
Sorriram um para o outro. E tudo estava certo outra vez. Tudo tinha um gosto bom.
”
— Caio Fernando Abreu
Como foi em Itapema? bjs se cuida pois estamos em dias ruins, e que venha os dias de luzes
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