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29 julho 2008
Lindas manhãs da minha juventude!
Sofro por amá-las e perdê-las
Quanto maior a plenitude,
Por saber que não posso detê-las.
No despenhadeiro meu das horas
Quisera não ser tão consciente
Do fatal desfecho inclemente
Que tu, ó mente, corroboras!
Todo o meu ser se inclina ao poço
Na vertigem que é a minha estrada,
Que projetei depressa num esboço
De amor e de beleza pura ânsia
Que parece o meu pingo em disparada
Pelas sendas sagradas desta estância...
Alma Welt
Chegam até mim sons de palavras doces, suaves, como o suave toque de uma borboleta pousando sobre uma flor...
Me retraio, tenho medo, como um animal assustado...palavras...
Desejo reescrever minha história...deixar para trás as tristezas e viver um novo dia, sonhos reais...
Sozinha ouço o som da chuva caindo...
A meia luz formam-se imagens...
Imagens de momentos não vividos, porém sonhados...
A meia luz fico parada a olhar para um ponto distante, sentindo uma presença que chega.
Forma dentro do peito uma tempestade...
Uma tempestade que espero não deixar um rastro de tristeza como tantas outras já passadas...
Uma mistura de sentimentos, desejos desconhecidos...
Estranha sensação...
Sensação de querer, de não ter...
A meia luz percebo você, um vulto caminhando em minha direção.
Um perfume no ar, a suavidade de um toque, a delicadeza de um beijo...
A meia luz recomeço a viver...a sentir...a querer.
Elcia Belluci
23 julho 2008
Tira-me o pão, se quiseres, tira-me o ar,
mas não me tires o teu riso.
Não me tires a rosa, a lança que desfolhas,
a água que de súbito brota da tua alegria,
a repentina onda de prata que em ti nasce.
A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados às vezes
por ver que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas as portas da vida.
Meu amor, nos momentos mais escuros solta o teu riso
e se de súbito vires que o meu sangue
mancha as pedras da rua, ri,
porque o teu riso será para as minhas mãos
como uma espada fresca.
À beira do mar, no outono, teu riso
deve erguer sua cascata de espuma,
e na primavera, amor, quero teu riso
como a flor que esperava,
a flor azul, a rosa da minha pátria sonora.
Ri-te da noite, do dia, da lua,
ri-te das ruas tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro rapaz que te ama,
mas quando abro os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar, a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.
Pablo Neruda
mas não me tires o teu riso.
Não me tires a rosa, a lança que desfolhas,
a água que de súbito brota da tua alegria,
a repentina onda de prata que em ti nasce.
A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados às vezes
por ver que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas as portas da vida.
Meu amor, nos momentos mais escuros solta o teu riso
e se de súbito vires que o meu sangue
mancha as pedras da rua, ri,
porque o teu riso será para as minhas mãos
como uma espada fresca.
À beira do mar, no outono, teu riso
deve erguer sua cascata de espuma,
e na primavera, amor, quero teu riso
como a flor que esperava,
a flor azul, a rosa da minha pátria sonora.
Ri-te da noite, do dia, da lua,
ri-te das ruas tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro rapaz que te ama,
mas quando abro os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar, a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.
Pablo Neruda
22 julho 2008
Só para ti eu cantarei além do vento,
para que só tu possas ouvir os meus sussurros com o toque do vento no teu rosto
Só por ti eu cantarei ao vento,
para que tu possas ouvir-me onde quer que tu estejas,
porque só com o som inconfundível do vento tu poderás ouvir-me dizer em voz suave o quanto eu amo-te...
E quando o som do vento parar,
então eu pedirei à chuva fina que cair sobre o teu corpo,
Aquela que te faz arrepiar com a suavidade dos pingos...
E quando a chuva passar, eu vou pedir à noite, onde tu poderes ver a luz da lua cheia cobri-te de brilho, poderás ver o meu sorriso a olhar para ti enquanto caminha para o dia...
E quando a noite chegar ao fim,
então, nessa altura, vou pedir ao sol para te aquecer o teu corpo,
e que ele te faça sentir o meu calor ao tocar-te...
Quero que saibas que como o vento, meu amor é muito forte...
Quero que saibas que como a chuva, a minha mão gosta de tocar-te todos os dia da tua vida...
Quero que saibas que como a noite que nunca deixa de vir, meu amor, jamais deixara de existir...
Quero que saibas que como o sol, que todos os dias nasce no horizonte, tu viveras para sempre a nascer dia após dia dentro do meu coração...e eu amarei-te dia após dia...
E não haverá um só dia em que eu não te amarei...
http://pensamentos-de-margarida.blogs.sapo.pt/7752.html
21 julho 2008
Quisera em teu corpo mergulhar como se fosse o mar.
Ir até o fundo sem mágoas ou medos, flutuando
Ao sabor das tuas ondas, com a cabeça mergulhada
Em teu peito...
Sob a clara luz da lua cheia, que entra pela janela.
Ao som suave das ondas quebrando na praia,
A ti vou revelar meus anseios, minhas dúvidas.
Entrelaçando meu corpo ao teu, afogarei minha alma,
Até que um cheiro de amor venha do mar e de você,
Inundando o quarto, seduzindo a noite...
Quisera dar-te o mar que tanto amo também,
O tranqüilo mar da nossa ilha e essa linda madrugada.
Quisera te fazer acreditar nesse amor, no mudo assombro da
Minha alma diante de ti,
Nos murmúrios místicos do meu coração quando nos tocamos
Sob a lua dessa ilha...
Quisera eu penetrar no teu coração agora, nesse momento em que lês,
Conhecer a profundeza dos teus pensamentos, para sair
Dos momentos de indecisão e inquietação,
Quisera mesmo, é ouvir tua voz dizendo que está tudo bem.
Que o sonho ainda perdura na imensidão do nosso coração,
E que todas estas rimas não rimadas desta minha inspiração,
Palavras que escondo no azul do céu e no fundo mar,
Pintem de azul o nosso dia para que estejamos sempre bem.
Meu amor, azul da cor do mar, está aqui,
É só acreditar e vir buscar....
Sônia Schmorantz
18 julho 2008
Dá -me um mundo somente para mim.
Onde as estrelas são assim...
Brilham e não estão distantes.
Dá -me um mundo onde o passantes
Passam e visitam
Os bem - te - vis, flores,
Beija - flores.
E nesse mundo saberei o que sou.
Saberei onde estou.
Sem preconceitos.
Sem novos conceitos.
Cantar na chuva.
Comer a uva.
Tomar o vinho.
Ter braços abertos.
Ninho.
Dormir no amanhecer.
Ter...
Uma vida sem paralelas.
A luz de velas
Te amar.
No tapete persa
Estar bêbada
Sem remorsos.
Ficarmos nervosos
De querer viver numa noite
A vida de muitos dias.
( Mariléa Rezende )
17 julho 2008
A magia ilha de Florianópolis
Sempre que imaginava Florianópolis vinha à mente a brisa marítima, o calor das praias, o cheiro de mar e a iluminada ponte Hercílio Luz, com o mar e a cidade servindo de fundo, numa composição tão maravilhosa, que é difícil explicar.
Não importa se há sol ou chuva, a mágica ilha é sempre azul. É uma imagem que fica gravada na alma. Convivem neste espaço a capital e suas luzes e as praias serenas, até alguns lugares cuja essência pouco foi tocada.
Florianópolis tem histórias. Você já viu bruxas? Pois esteja preparado para a possibilidade de se deparar com elas em Florianópolis, também conhecida como Ilha da Magia. Contam alguns historiadores que a feitiçaria teria chegado à Ilha junto com os açorianos, entre 1748 e 1756. Relatos sobre bruxas são comuns nos antigos vilarejos de Florianópolis, principalmente na Lagoa da Conceição.
Franklin Cascaes, pesquisador que fez registro das histórias contadas pelos pescadores da ilha, conta que as bruxas vieram a até a ilha trazidas por navios que eram mandados à deriva, vindos da Europa. Junto com estas mulheres estavam leprosos, deficientes, idosos, escravos e criminosos. Misturaram-se então a cultura indígena daqui, a cultura africana e a bruxaria. Surgiu assim a chamada “bruxa da ilha”, uma mistura da bruxa lenda, de mulher guerreira, pioneira, curandeira e companheira, ou seja, Mãe, mulher, deusa e bruxa.
De lá para cá muitos casos aconteceram, e dizem que ainda acontecem. O mais conhecido é um ritual de bruxas que ocorre nas passagens de estações do ano, noite em que as bruxas se reúnem para prestar contas e planejar o que fazer na próxima temporada. O encontro acontece na praia do Morro das Pedras, a 22 quilômetros do centro. O ritual, no entanto,dizem que só pode ser visto por quem também tem o dom da bruxaria.
A magia hoje está no poder de transformar as nossas próprias vidas sem medo das fogueiras. As bruxas ainda fascinam e enredam os visitantes, por isso que aquele que vem, sempre quer voltar. O encanto é pelo modo de viver e pela natureza, quem vive aqui parece estar à margem do mundo, sintonizado apenas com o universo e sua energia. Talvez seja esta a magia e por isso somos todas um pouco bruxas também....
Florianópolis é um daqueles lugares para os quais sempre vamos voltar e a cada volta vamos descobrir novos caminhos, novos destinos, pois a magia nunca irá acabar.
Sônia Schmorantz
12 julho 2008
Quando nossas mãos se tocam
Ao caminhar na beira-mar, vem
Logo um gosto de casa, de calor
Das coisas feitas com amor...
Quando nossas mãos se encontram
Há luz no caminho que percorremos
Céu e mar ganham tons de rosa
E o coração fica em paz....
Quando nossas mãos se entrelaçam
O universo conspira em silêncio
Protegendo-nos de todo o mal,
Guardando este amor para sempre...
De mãos dadas você é meu guia,
É uma alma que abraça outra alma,
Para amar e ser amada,
É tarde cinza de inverno
Que se ilumina na beira mar....
Sônia Schmorantz
10 julho 2008
No teu silêncio amor...
Meu coração é um deserto.
Tu és o meu orvalho, meu oásis, minha cor.
No jardim dos teus encantos desperto.
Teu carinho é o abraço de uma flor.
Meu sentimento é o céu aberto!
Um mar para tua poesia compor.
Um pássaro cativo liberto!
Trazes vales e fontes no toque de tua mão.
Na tua geografia viaja o meu sentimento.
Suspiro e entrego o meu coração.
Mil flores cobrem o nosso chão.
São espalhadas docemente pelo vento.
Na brisa encantada do amor e do perdão.
Juli Ribeiro
06 julho 2008
Tenho o direito
de ter asas nos meus bolsos
de ser folha ao vento e pétala de mar
de querer o impossível
de não ser igual aos outros
de inventar o inexistente
de exigir que me abram todas as portas
de não querer fronteira, País, Europa
de saber todos os segredos e desejos
de correr todos os caminhos
de pintar poemas com cores de luz
de escrever versos em branco
de não vender poesia
de ver que nada é igual
e que é tudo a mesma coisa
de ser semente, flor e fruto
de andar vestida como quiser
de andar nua como vim ao mundo
de beber sumo de ausência para não morrer
de morar no sol e fazer férias na lua
de multiplicar o amor contigo
e ser feliz para sempre.
Poema da Betty
http://catedral.weblog.com.pt/arquivo/153434
Sei de cor cada lugar teu
atado em mim, a cada lugar meu
tento entender o rumo que a vida nos faz tomar
guardar só o que é bom de guardar..
Pensa em mim protege o que eu te dou
Eu penso em ti e dou-te o que de melhor eu sou
sem ter defesas que me façam falhar
nesse lugar mais dentro
onde só chega quem não tem medo de naufragar...
Fica em mim que hoje o tempo dói
como se arrancassem tudo o que já foi
e até o que virá e até o que eu sonhei
diz-me que vais guardar e abraçar tudo o que eu te dei...
Mesmo que a vida mude os nossos sentidos
e o mundo nos leve pra longe de nós
e que um dia o tempo pareça perdido
e tudo se desfaça num gesto só...
Eu Vou guardar cada lugar teu
ancorado em cada lugar meu
e hoje apenas isso me faz acreditar
que eu vou chegar contigo
onde só chega quem não tem medo de naufragar...
Mafalda Veiga
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Quem sou eu
- Sonia Schmorantz
- Gaúcha, nos pampas nascida Um grande sonho acalentei Morar numa ilha encantada Cheia de bruxas e fadas. Nessa terra cheia de graça Onde se juntam todas as raças, Minha ilha lança ao poente O azul espelhado da lagoa, O verde silêncio das montanhas, O rumorejar de um mar azul Que beija apaixonado a areia da Minha ilha de renda poética. Não importa se há sol ou chuva, A mágica ilha é sempre azul, Fica gravada na alma e Quem aqui vem sempre vai voltar, Para descobrir novos caminhos, Novos destinos, pois Esta magia nunca irá acabar.
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