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09 dezembro 2008



Quando as mãos deslizam no teclado
Mesmo cansadas da lida
As palavras percorrem matizes
Do tempo e da saudade
Em busca de suas razões...
A cada minuto a alma se confessa
Confusa, saudosa e muda
Pela fugacidade da vida.
Alma instável, sem o mar
Para cobrir de sombras e cores,
Com saudades das pessoas
Que amava e se foram...
Triste alma de poeta
Que amando se desnuda
Que silenciada se cala...
Vazios, ausentes,
luz apagada
Ninguém em casa...

Sônia

08 dezembro 2008


Esse amor é semente de raiz profunda
Tem vida no olhar, onde traz confiança.
É rio nascendo pra irrigar tua ternura
Se lança em teu chão, fertiliza a esperança.

Acreditando então, nesse rubro poente.
Viva esse amor tão saudável, e nutrido.
Que percorre límpido e livre tuas veias
Colha o viço palpável desses dias floridos

Esse amor que não pede juras eternas
Dócil, mas forte, que cresce entre espinho.
Transbordando a alma, irrigando o caminho.

Sazonado e frutífero, esse amor se rende.
Porque há tempos, no tear desse sentimento.
Acreditando bordou esse lindo “Pra sempre”.

Glória Salles
http://omarmencantacompletamente.blogspot.com/

Se dos meus olhos desaba a luz
de perenes manhãs de sol
abrindo minhas cortinas,
é por saber de ti,
voz distante e rara.

Amo-te ainda hoje
e me visto de vermelho em manhãs assim
em que tua voz me desperta
(um fado em sonhos)
como se fora te encontrar.

Amo-te ainda e mais
de um amor sem asas, tecido de ausência
(e ânsia)
e me queria dentro dos teus sonhos
como te percebo nestas madrugadas.

Se desperto contigo,
canto o meu amor desvalido
e vou pelo dia, colorindo calçadas
com lembranças da noite e suas horas infindas
como se, enfim, tivesses vindo.

http://abrindojanelas.blogspot.com/

07 dezembro 2008

O Cantar do Vento



Escute esse cantar!
Vem de longe sacudir
Sobre as folhas da palmeira.
É um poema bonito
Que num misto de feitiço,
Qual criança num agito
Sacode, sorri e dança;
Traz o seu canto distante
Desperta e toda faceira.
Sem ter qualquer compromisso,
Somente o canto bonito,
Tal, qual a flor de laranjeira.
Deixa o coração lavado
Batendo tão agitado,
Numa alegria certeira.
É o vento, o nosso amigo
Vem rastreando a saudade
Trazendo felicidade
Descendo pela ladeira

http://bird.eternamente.zip.net/

06 dezembro 2008



O sol beija o mar e se despede,
Em seu lugar estará em breve a lua.
Refúgio dos solitários,
Encanto dos enamorados...
Pobre lua que do alto ouve as queixas
E talvez entenda de solidão.
Talvez entenda de amor...
Pobre lua que só sabe iluminar o mar.
Seu riso de prata seduz mas não responde
Aos pedidos que lhe fazem os
Solitários e os namorados...
Toda noite é assim, e
Quando o mar novamente acordar,
Haverá apenas pedaços de luar...

Sônia


O infinito a minha frente pede
Olhos mareados de horizontes,
Meus limites não diviso
Senão no que concebo da vastidão de mim.
Contenho extremos de estrelas de céu mar
Faz mistério de leste a oeste.
Gigantesca, aposso-me da brisa,
Do sol derramado,
Das peles que queimam verões.
Antes de chegar o amor e arrasar
Com toda simbologia marítima,
E me fazer crer que a imensidão vagante de mim
É você, que gira gira o sol,
Perfuma minha pele,
Gira gira o amor por dentro,
Do que contemplo nessa tarde já ida
De pássaros e de meninos.


http://www.sedeemfrenteaomar.blogger.com.br/

05 dezembro 2008


Quando, nos lábios, começa um continente,
suspenso no apelo líquido dos beijos,
há um barco que cresce nos meus olhos
e, entre búzios verdes, escrevo água.

Nunca a brisa se demora entre as dunas,
onde os barcos navegam sobre a espuma.

Tudo é secreto, se Maio se repete
nas marcas da pureza recusada.

Um rosto ou um rio me fascinam,
quando a raiva e o sossego
me revelam a nascente
e, no meio das palavras,
procuro apenas um gesto
ou uma sombra.

Graça Pires

04 dezembro 2008



Que dizer do tempo
hesitante de um poema
ou da forma magoada
de o escrever,
que dizer da voz
decidida do Poeta
ou do modo alterado
de o falar
e de o cantar,
que dizer de mim
e de ti
na noite de todos os poemas
dentro do tempo
dito de nós.

http://romasdapaula.blogspot.com/

03 dezembro 2008


Sozinho junto á beira do mar, refugio-me na sua música
Este som de mar calmo faz com que eu respire pausadamente.
Estou como se estivesse a ver um filme
Tem momentos que a cor se altera, vejo a preto e branco
Esses são os momentos em que eu estive menos atento.

Não me deixo levar pelo desânimo.
O filme Casablanca é a preto e branco.
Eu, com o meu pensamento caminho pela borda do mar.
Vou molhando os pés…

Espero alguém que distraidamente possa olhar para o meu caminhar
Que me abraça, sem que eu olhe para mim
Virá por vontade, para amar na praia de todos os sonhos.
Hoje, a tarde é de vento manso, mas de areia quente
O mesmo vento, a mesma areia, o mesmo amor.

Vem… aqui encontras o melhor som para todas as vidas
O som do mar...
Se quiseres...

http://osaldanossapele.blog.simplesnet.pt

30 novembro 2008

AMOR


é sentir saudade quando não estás junto a mim
é o passeio longo em que nos damos sem falar
é alimentar a alma numa refeição partilhada a dois
é comover-me quando me sussurras palavras do coração
é sonhar-te quando ouço uma canção
é rezar com a Fé inabalável que te sinto
é a tua boca com sabor a mel entre os meus lábios
é entregar-me a ti incondicionalmente
é um chapéu-de-chuva para os dois
é pararmos o tempo no relógio
é procurar um lugar para escutar a tua voz
é o criar de um mundo entre nós dois
é mimares-me... tu
e compreender-te... eu
é um espaço em que não há lugar
para outra coisa que não seja amar...
é algo entre Tu... e eu.

http://alquimiademim.blogspot.com/

29 novembro 2008

Mãos


Os nomes que dei às mãos
desenham-se tão perto de mim
que compreendo o desejo sem fantasmas.

Nos dedos principiam as marés
e neles se misturam o reflexo e a máscara
de regressos e errâncias por equacionar.

Os olhos não se fixam na geografia
visível das linhas. Os corpos deixam
de ser um cais. O mar estremece
nos ossos como um sismo.

O primeiro sinal de naufrágio
percebe-se na palma da mão
mesmo quando os barcos
passam ao largo do nosso desalento.

Rente à solidão.
Na trajetória do vazio
onde inventamos os sons.

Graça Pires

28 novembro 2008

INFINITO OLHAR



Me perco num infinito olhar
nas sinfonias da natureza
ao v o a r das coloridas folhas
e no ondear dos campos de trigo ...
abro o peito para tudo guardar
e neste caminho flores sempre plantar ...
me perco nas nuvens desenhando caminhos
nas luzes acendendo as pontas das estrelas
enquanto o sol aquece sorrindo os horizontes
e lua se abraça ao luar ...
nas aves tricotando ninhos
enquando os peixes se beijam em ondas
e os rios suavemente escorregam no mar ...
me perco neste infinito olhar ...

Maria Thereza Neves

26 novembro 2008


Sai-me dos dedos a carícia sem causa,
Sai-me dos dedos... No vento, ao passar,
A carícia que vaga sem destino nem fim,
A carícia perdida, quem a recolherá ?
Posso amar esta noite com piedade infinita,
Posso amar ao primeiro que conseguir chegar.
Ninguém chega. Estão sós os floridos caminhos.
A carícia perdida, andará... andará...
Se nos olhos te beijarem esta noite, viajante,
Se estremece os ramos um doce suspirar,
Se te aperta os dedos uma mão pequena
Que te toma e te deixa, que te engana e se vai.
Se não vês essa mão, nem essa boca que beija,
Se é o ar quem tece a ilusão de beijar,
Ah, viajante, que tens como o céu os olhos,
No vento fundida, me reconhecerás?

Alfonsina Storni

Entre canções e poesias
nem tudo lhe sacia, mas..
um beijo, lhe consome
o outro, mata a fome
da sede, de lhe viver
e na sede, de lhe saber
um beijo, leva o cansaço
o outro, cola os pedaços
que a vida, faz nascer
no amargo da boca
onde lhe faz louca
no leito, do amanhecer!

Entre canções
surgem as poesias
até nos botões
das rosas macias
e na dor
de um amor
mesmo em regaço
faz-se, em aço
a melodia!

Léa Ferro

24 novembro 2008


Tenho de começar a pensar na paisagem que
nasce dos olhos, quando se dirigem para esse ponto vago
em que os pássaros parecem voar dentro deles,
e não no próprio céu a que pertencem. O vento
nos cabelos, porém, afasta-me deste princípio
lógico; e sigo a sua direção, que acaba nos dedos
que contam a distância a que estamos,
a partir de uma tabuada que não tem fim. E
acendo um cigarro, para que o fumo envolva
o rosto num pressentimento de vida,
fazendo com as palavras pareçam sair
dos lábios que, no entanto, permanecem
fechados. E este perfil é tudo o que me resta
para imaginar o corpo amado, como se
ele fosse uma frase - feita a partir de
fragmentos, alinhados na mesa da estrofe,
numa atmosfera de silêncio.

Nuno Júdice

23 novembro 2008

Minha ilha chora....

Há dois meses chovendo sem parar em toda Santa Catarina, vieram as centenas de deslizamentos, a destruição e a morte de muitas pessoas que estão sendo soterradas... Esta terra maravilhosa hoje chora com a chuva. Seus acessos foram destruídos, seus moradores estão apreensivos e a natureza sofre com a violência das águas.
Mesmo assim esta é uma terra mágica, nesta ilha há um só rei: o Amor, há uma só lei: a Liberdade e por isso, esperamos que dias melhores venham, para que todos seus moradores possam voltar a viver em paz com sua natureza maravilhosa.



Minha Ilha
Lança-se o poente
Sobre o azul espelhado na lagoa
Onde mil lágrimas choveram
Deixando o pranto esvair-se
Entre as escarpas que abraçam este silêncio
Que teimosamente rasga as veias
Em trinados de saudade
Minha Ilha
Feita de proas
Largadas no manto de águas
Nas mãos a promessa
Na alma a certeza de um naco de pão
Que cale o tremor do amanhã
Minha ilha minha ilha
Adormecida em verdes silêncios
Onde o rumorejar da folhagem
É desejo ardente
De uma nova caminhada
Alma rendilhada
Nas veias de um poeta.

Eugénia Vieira

20 novembro 2008


Peguei nas cores da tela, fiz o poema
Das letras do poema uma pintura
Aquele fim de tarde, foi o tema,
Olhar feito de espanto e ternura.

Pousei minha tristeza na montanha
Que o encanto da paisagem desprendeu
De verde cubro o espaço que desenha
Teu rosto feito estrela lá no céu.

Entre as cores do silêncio desta tela
Suspende-se no azul a nostalgia
Diluindo as palavras na aguarela

Do instante em que nasce a poesia.
A pintura é poema a acontecer
Sobre a tela deste meu entardecer!

Odete Nazário

19 novembro 2008

FIM DE TARDE


Adormece o dia em quietude;
a tênue luz ainda te afaga...
Peço aos céus que em nada nos mude;
E que a noite conforto nos traga.

Que o amor em sua magnitude;
seja ofertório em nossas plagas,
apartando-nos da inquietude
que por vezes a alma embriaga.

Sobre o teu corpo os raios doirados,
do sol que se oculta inconteste,
reveste-te de um tom acentuado
a contrastar com os verdes ciprestes,
Quem me dera estar ao teu lado.
repletos do amor que nos aquece...

Jorge Linhaça

16 novembro 2008


Não sei onde estás
Porque aqui há sol e céu azul
E um vento leve no rosto
Há um relógio constante
Que limita o tempo
E um sonho atrás do olhar
Mas sei que brincas e ris
A onde estiveres e mais ainda, talvez
Um mar tranqüilo e branco de paz
Com um abraço terno
Ou a saudade eterna
De quem fica
Ou apenas
De quem espera
E nada mais

Benedita Stingl

13 novembro 2008



Entre a serra e o rio compus meu ser
com pinceladas de cor
em tons de sonho e de ternura.
Entre a serra e o rio viajei nas asas do condor
a salvo de toda a amargura.
Entre a serra e o rio conheci o poeta e o pintor
ouvi histórias de encantar, vindimei cachos de suor
enfeitei minhas tranças de luar.
Entre a serra e o rio comi com a sua gente à mesma mesa
e no seu seio fui menina e no seu colo fui princesa.
Entre a serra e o rio, ao desatar meus laços
senti a poesia em mim bem fundo.
Entre a serra e o rio abri meus braços
e abracei o mundo...

http://comorosasdeareia.blogspot.com/

02 novembro 2008



Semeio palavras
nos inertes barcos
apodrecidos de vida
em cais adormentados
semeio palavras
inebriadas de medos
de avenidas roubadas
nas escondidas noites
semeio palavras
nos novos escravos
fáceis de dominar
vitimas consentidas
por um povo sem alma

poetaeusou

31 outubro 2008



Nao goste do amor,

Goste de alguem que te ame, alguem que te espere, alguem que te compreenda mesmo nos momentos de loucura; de alguem que te ajude, que te guíe, que seja seu apoio, tua esperança, teu tudo.

Goste de alguem que nao te traia, que seja fiel, que sonhe contigo, que so pense em voce, que so pense no teu rosto, na tua delicadeza, no teu espírito e nao no teu corpo nem n os teus bens..

Goste de alguem que te espere ate o final, de alguem que seja o que voce escolher.

Goste de alguem que sofra junto contigo, que ría junto a ti, que limpe tuas lágrimas, que te abrigue quando necessario, que fique feliz com tuas alegrías e que te de forças depois de um fracaso.

Goste de alguem que volte para conversar com voce depois das brigas, despois do desencontro, de alguem que caminhe junto a ti, que seja companheiro, que respeite tuas fantasías, tuas ilusoes. Goste de alguem que te ame. Nao goste apenas do AMOR, goste de alguem que sinta o mesmo sentimento por voce, que goste realmente de voce...

28 outubro 2008


Vontade de me confundir com as dunas e
sentir a àgua nos pés que me refrescam,
olhar o céu e misturar-me com o azul,
arrefecer dos dias quentes,
e descansar no azul que me veste por dentro,
sentir o sal,
correr e marcar pégadas onde nem o mar as leve,
voar ...voar ...
deitada na areia e construir um castelo de emoções,
que me arrebatam para outras viagens,
para outros sítios,
locais,
mais frios ou mais quentes,
que me levem ao imaginário das bolas de neve
quando tocadas pelas mãos,
essas que são as minhas nas tuas,
essas são as minhas dunas onde me deito.

http://farolnoventodonorte.blogspot.com/

27 outubro 2008

Quero mais


Visto estrelas cadentes
Calço ventos e marés
Bebo luas e sóis
Degusto riscos e traços
Penso linhas e pautas
Pinto sustenidos e bemóis
Falo olhares e abraços
Canto aquarelas e pincéis
Escrevo jardins e areais
Dormito livros e papéis
Sonho silêncios e risos
E quero ainda mais

http://perlustrar.blogspot.com/2008_07_01_archive.html

26 outubro 2008


A chuva de nosso amor é temporal,
Tempestade batendo forte,
Atrapalhando a respiração, dificultando a visão.
Vem de dentro o riso fácil.
Forças da Natureza mostrando as garras,
Em vez do medo, felicidade de não
ter sentido antes nada igual:
O inédito, o inesperado, por vezes reclamado,
Como a sensação da “chuva de nós dois”.
Correndo como dois jovens sob a tormenta da vida,
Brincando com o tempo e o tempo da idade.
Intensidade da relação,
acreditando no amanhã que virá virgem.
Percorrendo o paraíso e o abismo quase ao mesmo tempo.
O sonho deixando o brilho
estampado nas rugas do olhar,
Arriscando tudo como uma miragem,
a miragem de nós dois, apaixonados.

http://br.geocities.com/atelienb/2apaixonados.htm

25 outubro 2008


De repente
Tudo pinta
Uma loucura natural
Um tipo de sonho
que não acaba
Um tipo de frio
que não pede agasalho
De repente
o corpo balança
as mãos tremem
e o coração acelera
de repente e
nem tão de repente
solto sem querer
palavras que soam
como badaladas
de um sino
de repente
te amo
e de repente
sou teu.

Arthur

16 outubro 2008



Entre sem bater...
A chave está na porta!
Entre...
Invada este coração,
penetre seus labirintos,
desvende os seus segredos,
e amenize seus medos.
Entre...
Ocupe os espaços vazios,
e abra todas as janelas
para a felicidade.
Mas se não puder ficar...
Saia de mansinho,
sem machucar,
e deixe a chave no lugar!

Angel

04 outubro 2008

Cumplicidade


Os teus olhos são uma tentação
para quem tem a nobre ousadia
de, neles espelhando o coração,
se deleitar com a divina alquimia

Neles se encerra a doce química
que ao desesperado dá alento,
quando, já sem a força anímica,
chegado julga o último momento

Quando te olho tenho a sensação
de te conhecer há uma eternidade
e de ter sobrevivido a uma paixão

que em mim jaz e ecoa na saudade
onde o amor renasce e colhe a solidão
que no teu olhar se faz cumplicidade...


Lud MacMartinson

Quem sou eu

Minha foto
Gaúcha, nos pampas nascida Um grande sonho acalentei Morar numa ilha encantada Cheia de bruxas e fadas. Nessa terra cheia de graça Onde se juntam todas as raças, Minha ilha lança ao poente O azul espelhado da lagoa, O verde silêncio das montanhas, O rumorejar de um mar azul Que beija apaixonado a areia da Minha ilha de renda poética. Não importa se há sol ou chuva, A mágica ilha é sempre azul, Fica gravada na alma e Quem aqui vem sempre vai voltar, Para descobrir novos caminhos, Novos destinos, pois Esta magia nunca irá acabar.
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